Manutenção passa a ser a prioridade

Joel Vital diz que face à situação atual do clube na Liga 3, o que “nos passa pela cabeça é a manutenção”. Rui Mota, o novo treinador, garante ter encontrado um grupo “muito motivado”

“O que nos passa pela cabeça é a manutenção. Queremos é manter na liga. Não vamos dizer outra coisa. Fazendo uma segunda volta soberba, pode-se pensar em algo mais”. Foi desta forma realista que o novo presidente da direção do Sporting da Covilhã, Joel Vital, apresentou na passada semana (antes do jogo de domingo frente ao Caldas, que o Covilhã venceu) quais as prioridades, em termos desportivos, para o Sporting da Covilhã para o que resta jogar esta época. Joel Vital foi o elemento cooptado da direção para suceder ao demissionário Marco Pêba, e pouco depois de ter anunciado o novo presidente, o clube também comunicou a saída do treinador José Bizarro para a entrada de Rui Mota.

Na quinta-feira, 6, o clube serrano apresentou o novo míster, um homem “com H grande”, dos que o clube precisa para ajudar “a reverter a situação” existente, o último lugar na série B da Liga 3, segundo Joel Vital. No início da segunda volta, o líder serrano acredita que o Covilhã “ainda tem uma palavra a dizer” neste campeonato, mas realisticamente frisa que apenas uma segunda volta “soberba” poderá levar a outros objetivos que não sejam a permanência, quando inicialmente a ideia era lutar pela subida de divisão. O novo presidente admite que “temos mesmo de investir na equipa”, em lacunas no plantel que estão identificadas deste o início da temporada, e que até lá “a guerra” tem que ser ganha com os atletas existentes.

Joel Vital garante que tem uma direção empenhada em cumprir os compromissos e em fazer um bom trabalho, que o mais fácil para os elementos que ficaram “teria sido ir embora”, mas estão “unidos, com um propósito firme. Sabemos, nós todos, o que queremos.” O líder serrano admite que nunca ambicionou ser presidente do clube, que enquanto jogador representou em dez temporadas, mas recordou que a cidade lhe deu muito e tem orgulho, vontade e compromisso em exercer o cargo. E assegura, apesar de estar de corpo e alma no clube, que “se os sócios não quiserem a nossa continuidade, o clube é dos sócios, os sócios decidem. Quanto a isso estamos tranquilos. Era mais fácil para nós termos ido embora. Se estamos cá, é porque acreditamos que temos condições para continuar. Se os sócios não quiserem, eles é que decidem”, disse.

Sobre o novo treinador, confia que é “uma pessoa capaz, que já tem experiência, uma mais-valia para nós”, e um treinador “jovem, ambicioso, que valoriza o futebol”.

Rui Mota, natural de Guimarães, sabe que o desafio é difícil, mas promete entrar em campo sempre com objetivo da vitória. “É difícil encontrar projetos fáceis e quando um clube geralmente muda já com uma época a meio, ou em curso, é porque, de facto, há essa necessidade. Porque se as coisas estivessem muitíssimo bem, não havia necessidade dessas mudanças. O nosso trabalho passa precisamente por isto: estabilizar e criar uma base”, afirma o técnico nortenho, de 44 anos, que esta temporada esteve na equipa de sub-23 do Leixões, na Liga Revelação. Com vontade de “ajudar o clube” e “dar alegria aos adeptos”, Rui Mota diz querer uma equipa que jogue um “futebol espetáculo” que possa atrair mais gente ao estádio.

O novo treinador admite que o balneário que encontrou “foi um reforço”, com um grupo de jogadores “muito motivado, muito comprometido” e com “muita vontade de rumar por um caminho diferente do que, infelizmente, nos trouxe até aqui. É uma mais-valia”.  Rui Mota garante ter uma carreira feita “a pulso”, com trabalho em clubes da China, de topo, que lhe deram “muita aprendizagem”, ser um técnico exigente consigo próprio e que que exige “trabalho para a excelência”. O novo timoneiro serrano salienta ainda que a Covilhã não lhe é estranha, já que estudou na UBI e que os serranos terão que “jogar em todos os campos para os três pontos”.

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