Um mandato com uma Câmara mais célere é o desejo

Vereadores da oposição pediram também espaço para reunir e transmissão em direto das reuniões do órgão

Depois de uma primeira reunião preparatória, que serviu sobretudo para delinear procedimentos e a atribuição de pelouros aos elementos da maioria, a Câmara da Covilhã deve reunir na próxima sexta-feira, 21, pela primeira vez, de forma pública (segundo o que o regimento estabelece), com os vereadores da oposição a desejarem que este seja um mandato em que as decisões sejam mais rápidas, e a sua aplicação, ainda mais.

“Espero que se possa esquecer o passado recente dos últimos quatro anos e recuperar o tempo perdido. Existe uma maioria para decidir e fazer, e espero que seja uma Câmara mais célere e responsável” afirma o vereador eleito pelo PSD, Jorge Simões, que pediu a Hélio Fazendeiro uma sala, nos Paços do Concelho, onde os eleitos que não pertencem à maioria socialista possam “trabalhar e receber os munícipes”. Além disso, o eleito social-democrata espera que neste mandato o “visionamento em direto” das reuniões públicas do executivo possa ser uma realidade.

Já o vereador pelo Movimento Independente Pelas Pessoas (MIPP), Carlos Martins, promete uma “oposição construtiva, leal e responsável”, e salienta que “agora, o importante, é não perder mais tempo, porque há muito a fazer no concelho”. O eleito promete já nesta reunião de sexta-feira “apresentar propostas”.

Eduardo Cavaco, vereador da coligação CDS/PP/IL, também promete uma postura “construtiva e positiva” no executivo, preferindo designar-se como “vereador sem pelouros” do que da oposição. “Solicitei uma maior agilização entre a Câmara e os eleitos, e também um gabinete onde possamos ouvir os munícipes”, revela, defendendo também ele a transmissão online das reuniões públicas do executivo. Cavaco lembra que durante a campanha Hélio Fazendeiro prometeu governar “com todos” e adianta que fará, após os 100 primeiros dias de mandato, um balanço público do mesmo.

O presidente da autarquia, Hélio Fazendeiro, assegura não ter “nada a opor” à transmissão online das reuniões do órgão, sendo, contudo, preciso alterar o regimento de funcionamento do órgão. “Também é uma intenção minha”, garante. Quanto à criação de um gabinete para os eleitos da oposição, Fazendeiro diz ser “do meu interesse criar condições para os vereadores desempenharem o seu trabalho”, mas que é preciso ter em conta as condicionantes físicas dos Paços do Concelho. Aliás, o autarca garante que uma das ambições que tem para estes quatro anos é a requalificação do edifício onde está a Câmara. “O edifício tem limitações de espaço, mas procuraremos as soluções para eles”, garante.

Recorde-se que na primeira reunião do executivo, ficou determinado que a Câmara terá quatro pessoas a tempo inteiro: o presidente Hélio Fazendeiro e os restantes três eleitos pelo PS como vereadores:  Regina Gouveia, Luís Marques e João Marques.  O presidente da autarquia, além de já ter distribuído pelouros pela maioria, disse também que não terá vice-presidente, sendo apenas nomeado em “situações que assim o exijam”, já que o autarca considera que, não sendo obrigatório ter, também “não é necessário”. Fazendeiro adiantou ainda que João Flores Casteleiro será o seu adjunto, Mafalda Proença a sua secretária, e o cargo de chefe de gabinete “não vou ter, para já”.

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