A Associação Cultural da Beira Interior (ACBI), dirigida pelo maestro Luís Cipriano, anunciou em comunicado ter “intenção de lançar uma petição pública para a demissão do diretor do TMC”, Rui Sena. “É uma prenda de Natal que a cidade merece” adianta ainda.
Em causa, desta vez, uma publicação do Teatro Municipal da Covilhã (TMC), nas redes sociais, de um balanço de atividade da sala nos últimos quatro anos, onde eram referidos os 325 espetáculos realizados e os nomes que proporcionaram esse número. “Logo de início percebe-se que estiveram 3 anos, 1 mês e 10 dias sem espetáculos. Um bom emprego. São referidos todos aqueles que pisaram o palco, menos as instituições sediadas na Covilhã” acusa a ACBI, que acusa o diretor do TMC de se sentir “acima da própria autarquia que lhe paga o ordenado”, lembrando que o executivo apoia as instituições locais porque “são importantes para a vida cultural e social do concelho.” No entanto, aponta, o diretor da sala “simplesmente as ignora.”

A ACBI diz ainda que estando publicados 325 espetáculos “e lendo os ilustres eleitos de tal mágico número, o insuspeito diretor anuncia 110 nomes. Assim ficamos a desconfiar que todos vieram três vezes à nossa cidade. Como ninguém se apercebeu disso, suspeitamos que as instituições da Covilhã que não são referidas, afinal servem para as estatísticas que tanto lhe agradam e que porventura os anunciados 70 mil espetadores têm uma origem elevada nas entidades ignoradas”, ironiza. A associação exorta ainda o novo executivo camarário, liderado por Hélio Fazendeiro, que “tome medidas, até para evitar que continue a ter um reino mesmo ali ao lado.”
Esta não é a primeira vez que Luís Cipriano pede a demissão de Rui Sena. Há precisamente um ano, em novembro de 2024, em entrevista ao NC, Cipriano criticava a gestão do TMC, que acusava de falta de respostas às solicitações da ACBI. “Há um ditado português que diz que no melhor pano cai a nódoa. Temos uma autarquia e vereadora que produzem esse bom pano, e um diretor do TMC que coloca a nódoa. E não estou a ver detergente que resolva isto, a não ser a sua substituição”, afirmava.
