Por muito que se queira, e tenha boa vontade, por vezes não se consegue aceitar mais canídeos abandonados, ou em situação mais frágil, no canil municipal da Covilhã. Quem o diz é a própria veterinária municipal, Joana Vaz, que explica ao NC que neste momento “o canil está cheio”, e que existe mesmo lista de espera para acolher novos animais. “Quando as situações são mais críticas, tentamos arranjar forma, e nunca pomos em causa o bem-estar animal. Mas cada caso é analisado individualmente” explica ao NC, perante queixas de alguns munícipes de que não conseguem deixar animais no local.
Joana Vaz garante conhecer alguns casos, mas como o canil está cheio tem-se pedido às pessoas que aguardem em lista de espera. A veterinária municipal recorda que sempre que alguma gaiola vê um cão sair (por norma, estão quatro quando de porte pequeno, e dois se forem de porte médio ou grande), abre vaga para outro, mas que estes não podem ser colocados “à toa”. É necessário avaliar o histórico de doenças dos animais, a sua postura comportamental (agressivos ou não) e, sobretudo, o tamanho. “As pessoas têm que perceber que não se pode colocar um animal maior ao pé de um mais pequeno, por exemplo”, explica. “Há constantemente saídas e entradas, e aí é que podem surgir vagas”, adianta.
