O Conselho de Administração da Unidade Local de Saúde (ULS) de Castelo Branco confirma, em comunicado, que se encontra “atualmente em auditoria externa” conduzida pela Inspeção-Geral de Atividades em Saúde (IGAS), a realização de cirurgias no Hospital Amato Lusitano em produção adicional na especialidade de dermatologia.
Em comunicado a ULS reporta-se a uma peça da TVI que dava conta de investigações nacionais sobre procedimentos realizados em unidades de saúde, incluindo a albicastrense. E esclarece que a auditoria está a decorrer, conduzida pela IGAS, “entidade responsável por avaliar a conformidade dos procedimentos realizados nas instituições do SNS.” A ULS de Castelo Branco reafirma o seu “compromisso absoluto com a transparência, o rigor e a colaboração com todas as autoridades competentes”, mas “em respeito pelo processo de auditoria” a decorrer, “não serão prestados esclarecimentos até à conclusão dos trabalhos e emissão das conclusões formais pela IGAS.”
O Jornal de Notícias (JN) adianta que em Castelo Branco estão em causa cirurgias adicionais realizadas por dois dermatologistas, pai e filho, e que terão valido quase três milhões de euros. Segundo o jornal, o serviço de dermatologia do Hospital Amato Lusitano, em Castelo Branco, só tinha dois especialistas em 2022 e 2023: pai e filho. Atualmente, o filho é o único médico do serviço. Sobre os dois recai a suspeita de terem faturado mais de 1,5 milhões de euros em cirurgias adicionais.
Em comunicado, a ULS garante estar a acompanhar o decorrer da auditoria e que “divulgará publicamente informação complementar assim que existirem resultados oficiais e validados pelas entidades competentes.”



