A Instinto esterilizou este ano mais de 60 animais errantes, com vista ao seu controlo populacional, e resgatou “largas dezenas”, com o objectivo de evitar que o seu futuro passe pelos perigos associados à rua, mas esse trabalho apenas terá um efeito real “se integrado numa estratégia municipal”, frisa Vítor Costa, vice-presidente da Associação de Protecção Animal da Covilhã.
O responsável considera que a Instinto tem vindo a fazer “um trabalho considerável”, que sublinha ser insuficiente e por isso defende a concretização de “um conjunto de políticas de protecção e bem-estar animal”.
“A nossa principal dificuldade é dar resposta a uma realidade exigente e diária de pedidos de ajuda com tão parcos recursos”, lamenta, em declarações ao NC, Vítor Costa, segundo o qual a acção da associação está dependente dos voluntários, das famílias de acolhimento temporário e de recursos financeiros.
Com o Centro de Acolhimento Animal em construção, no Parque Industrial do Tortosendo, o vice-presidente da Instinto alerta que as mudanças não se fazem apenas com infra-estruturas. O espaço vai permitir aumentar a capacidade de resposta, não resolver.
“A questão da sobrepopulação de animais apenas se resolverá com educação, consciencialização da população para o tema e uma fiscalização que seja consequente” no que toca aos maus-tratos e colónias de animais. “A verdadeira mudança apenas chegará se a lei for implementada, ou seja, se o Canil Municipal divulgar os animais que estão nas suas instalações para adopção, se todos forem entregues esterilizados e se a esterilização de animais errantes for realizada”, preconiza o representante da Instinto.
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