“Acabou”. Foi assim que na última assembleia municipal o presidente da Câmara de Belmonte, António Dias Rocha, anunciou aos deputados o fim do autocarro da rede de transportes colectivos municipais “Belmonte SIM”, que será substituído por duas carrinhas de nove lugares que farão a ligação entre a vila e as freguesias do concelho.
O serviço, implementado em Agosto de 2017, foi inicialmente gratuito, durante um mês, aplicando depois o custo de 50 cêntimos para cada viagem na rede regular, e 20, na rede urbana, em pequenas deslocações. Um serviço que, na altura, Dias Rocha considerava “muito importante” pois permitiria “resolver muitos dos problemas de mobilidade que temos”, sobretudo no que tocava à população mais idosa e desfavorecida, nas suas ligações entre as aldeias e a sede de concelho. Um investimento de 60 mil euros anuais, da autarquia, que era assegurado por uma empresa de transportes públicos, a Transdev.
Na última assembleia municipal, Dias Rocha mostrou-se desagradado com o trabalho da empresa. “Estou com a Transdev até aqui em cima (cabeça)” disse, numa demonstração de enfado. O autarca anunciou, por isso, um serviço alternativo a iniciar em Julho, com a Câmara a adquirir duas carrinhas de nove lugares, uma preparada para pessoas com deficiência. “Vamos fazer nós, com pessoal nosso. O autocarro de 19 lugares nem metade dos lugares ocupava” frisa.