O Notícias da Covilhã recebeu esta semana o Prémio de Jornalismo Dom Manuel Falcão, durante as Jornadas de Comunicação Social promovidas pela Comissão Episcopal da Cultura, Bens Culturais e Comunicações Sociais. Além do NC, o outro jornal centenário distinguido foi o Jornal da Beira.
D. João Lavrador, presidente da Comissão Episcopal da Cultura, Bens Culturais e Comunicações Sociais, salientou que o nascimento das publicações se situa numa “época difícil ligada à República, ligada à grande guerra”, com tudo o que foi o contexto social, politico, económico e “também de inquietação eclesial”. “Tem o seu lugar, tem o seu objetivo, continua a ter a sua missão e, por isso, este prémio significa o apreço que sentimos pela Imprensa de Inspiração Cristã, e também pela imprensa regional”, disse, destacando que existe “a vontade firme de não deixar cair os braços e levar para a frente uma realidade que é fundamental” e a visibilidade que dá “ao Interior, à diáspora, e também ao encontro daqueles que vêm de outras paragens”.
O director do NC, padre Luís Freire, lembrou a caminho dos 102 anos de história da publicação, que antes existiu como jornal ‘Democracia’, em 1911, e regressou “em 1918 com este título, sempre de inspiração cristã, sempre dirigido por sacerdotes da Diocese da Guarda.” O título “mais antigo do Distrito de Castelo Branco”.
“Somos voz de proximidade. O grande destaque desta semana passa pelos novos guardadores de rebanhos, gente que vem investir no Interior. É este o sentido do nosso trabalho e tem sido isso que tem acontecido com uma redacção reduzida, dois jornalistas (o João e a Ana), e apesar das dificuldades fica o desafio e voto que haja sempre olhar carinhoso para a imprensa regional e de preocupação”, desenvolveu o padre Luís Freire, realçando que “a memória é bem essencial que é necessário valorizar”.
O Prémio de Jornalismo Dom Manuel Falcão é uma iniciativa da Igreja Católica em Portugal, através do Secretariado Nacional das Comunicações Sociais em parceria com o Grupo Renascença Multimédia, e distingue, em cada ano, um trabalho jornalístico de temática religiosa, e foi atribuído nas jornadas nacionais de formação e debate 2020, este ano num formato inédito, através das nas plataformas digitais, com o tema ‘Mais do que ligados’.