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“Se comportamentos não mudarem, não há hospital que resista”

O Hospital Pêro da Covilhã aumentou, no passado sábado, 16, a sua capacidade para acolher doentes infectados com o vírus da covid-19, tendo agora 125 camas para estes doentes divididas por quatro enfermarias. É que, só no domingo, por exemplo, entraram 17 doentes com o coronavírus que necessitaram de internamento e, segundo o presidente do Conselho de Administração, teve que se “abrir uma nova enfermaria, com mais 34 camas, de uma hora para a outra”.

Até agora, eram três as enfermarias existentes, que já não chegavam face ao número crescente de casos. “Agora temos 125 camas, só para doentes com covid. Estão internados, neste momento (segunda-feira, 18), 102 doentes. A nossa capacidade não está esgotada, mas isto é um contínuo. É preciso ir dando vagas, altas, para termos capacidade de absorver. Mas as coisas mudam de uma hora para outra. A nossa gestão não é semanal, é hora a hora” frisa João Casteleiro.

Nas últimas semanas, a unidade hospitalar recebeu alguns doentes da zona de Lisboa, num trabalho “em rede, que é necessário. Temos que nos ajudar uns aos outros” garante Casteleiro, que admite a entrada de doentes dos hospitais de Viseu, Setúbal, Curry Cabral ou Vila Franca de Xira. “Até agora temos tido capacidade de receber esses doentes, mas temos que ter o cuidado de reserva, até porque na região há vários lares com pessoas infectadas. Estamos sempre em contacto com essas instituições” assegura.

No que diz respeito a cuidados intensivos, são 12 as camas, e que estão ocupadas. Oito, por doentes com covid, quatro com outras patologias.

“O mais importante é o comportamento da sociedade”

João Casteleiro garante que, para já, o CHUCB não tem a sua capacidade de internamento esgotada, mas se a sociedade não mudar de atitude, “rapidamente se esgota”. O médico é bastante crítico com o que tem visto, em especial na televisão, e apela a uma mudança. “Haja confinamentos ou não, o mais importante é o comportamento da sociedade. É preciso dar bons exemplos, e mostrar o que se faz bem. E não apenas o mal, que é o que temos visto. Não se pode ir passear todos os dias o cão só porque se pode. Ou ir ao hipermercado todos os dias, porque é permitido. Só mudando esse comportamento é que aliviamos os hospitais” afirma. Caso contrário, “se não fizermos isso, não há hospital que resista” lamenta.

(Notícia completa na edição papel)

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