É um tema que, sobretudo nas redes sociais, os munícipes de Belmonte têm denunciado de forma constante. Há estradas municipais em péssimo estado de conservação, cheias de buracos e, na ligação entre Caria e Monte do Bispo, até houve quem aproveita-se uma das covas que abriu no asfalto para plantar uma couve. Um assunto debatido na última assembleia municipal, na passada sexta-feira, 26 de Fevereiro, onde o autarca Dias Rocha reconheceu o problema, embora alertando para os elevados custos de reparação dessas vias.
“Nós temos olhos na cara. É claro que não estão bem (as vias). Tem que ser resolvido. Já tapámos alguns buracos, mas quando volta a chuva, tornam a degradar-se” frisa o presidente da Câmara de Belmonte que, tal como há meses atrás, lembra a influência que teve a passagem de pesados de mercadorias nas estradas, devido às obras de requalificação da Linha da Beira Baixa. “Tivemos cá sedeados os estaleiros, e ficou cá algum dinheiro na economia local. Foram pessoas que aqui dormiram, aqui comeram. Mas as estradas ficaram degradadas” lembra, prometendo levar o assunto ao ministro das obras públicas e infra-estruturas. “Belmonte não é Lisboa. Temos poucas verbas. Devem ajudar-nos” afirma.
O autarca reconhece que o arranjo é uma das competências do município, promete tudo fazer para resolver o problema e adianta que os técnicos da Câmara já reuniram para estudar o assunto, e fazer um levantamento das vias em causa. “Vamos ver se encontramos soluções. Mas o arranjo das nossas estradas custa 2,5 milhões de euros, no mínimo” assegura.