As Instituições Particulares de Solidariedade Social (IPSS) do concelho da Covilhã vão receber da autarquia um apoio que totaliza 300 mil euros para “amortecer a pancada” provocada pelos gastos suplementares a que a pandemia obrigou. A decisão foi tomada por unanimidade na sessão camarária pública de dia 16.

Para que nenhuma IPSS fique de fora, foi definido um valor mínimo de cinco mil euros. A atribuição do valor global resulta de aplicação de critérios de distribuição mínima “equitativa e igualitária”, correspondentes a 20%, com uma majoração de 20% em função do número de funcionários e de 60% tendo em conta o número de utentes, segundo os últimos dados da Carta Social do Instituto da Segurança Social.

O presidente da Câmara da Covilhã, Vítor Pereira, sublinhou que as IPSS “têm vindo a suportar aumentos de custos para fazer face à covid-19” e importa “fazer um reforço da sua capacidade de intervenção social”.

“O grande objectivo é ajudá-las no esforço hercúleo que todas as IPSS do concelho tiveram e estão a ter no âmbito desta pandemia que nos veio a todos assolar”, realçou o edil.

O autarca menciona os gastos suplementares extraordinários com medidas e equipamento para combater a propagação do novo coronavírus e explicou que a verba a transferir é para ajudar a atenuar esse esforço financeiro.

“Entendemos por bem ajustar esta verba para que de forma equitativa, equilibrada e justa fossem atribuídos estes apoios a todas elas, para que possam prosseguir a sua acção e ajudar a amortecer a pancada, porque foi grande”, acrescentou Vítor Pereira, durante a reunião pública do executivo, em que os vereadores da oposição participaram através de videochamada e Carlos Pinto ausentou-se antes do final dos trabalhos.

O presidente do município destacou o “papel fundamentalíssimo” das IPSS na protecção dos utentes e reconheceu “o esforço muito importante para a comunidade”.