A três jornadas do final da II Liga de futebol, o Sporting da Covilhã somou o sétimo jogo sem vencer, ao empatar em casa sem golos com o Leixões, mas somou um ponto que deixa a formação serrana cinco pontos acima da zona de despromoção.
Os “leões da serra” mantêm o 12.º lugar na classificação e, embora tenham beneficiado da derrota do Cova da Piedade para passarem para a frente da equipa de Almada, viram o Viseu, adversário na última ronda do campeonato do segundo escalão nacional de futebol, empatar e ficar com os mesmos 33 pontos.
No final do nulo com o emblema de Matosinhos, a sua terra, Bizarro sublinhou a vontade de “querer resolver tudo de uma vez por todas”, mas frisou que, apesar da “boa atitude” e do “muito querer” dos serranos, foram traídos pelos nervos e destacou que o mais importante é “ir somando”. “As equipas abaixo de nós têm de ganhar dois jogos em três. Nós vamos somando”, referiu José Bizarro.
O Leixões entrou sem a mesma pressão para pontuar, frente a um adversário no início da partida apenas um lugar abaixo na classificação, mas a toada durante toda a primeira parte foi o equilíbrio e a escassez de ocasiões claras para marcar.
O Sporting da Covilhã foi a primeira formação a chamar a atenção, quando Rui Areias cabeceou ao lado logo aos dois minutos, mas o Leixões pôs a defensiva serrana em sentido aos quatro minutos, quando Rodrigo fez a bola atravessar toda a área, mas ninguém chegou a tempo para a empurrar para a baliza.
Sem nenhum dos emblemas a conseguir sobrepor-se, faltou pontaria e esclarecimento no último terço para inaugurar o marcador.
Tiago Moreira cruzou para Enoh ao segundo poste, mas Pedro Pinto aliviou o remate do camaronês. Aos 38 minutos, na melhor ocasião do jogo, Enoh entrou na área, tirou Lucas do caminho e rematou para a defesa apertada de Tiago Silva.
Perto do descanso foi a equipa de Matosinhos que esteve perto de marcar, quando Bruno Monteiro cruzou atrasado e Kiki, na área, rematou, com a bola a sair a rasar o poste.
No regresso dos balneários, o encontro manteve-se disputado, sobretudo no miolo. Kiki tentou surpreender o guardião serrano, que agarrou a bola com facilidade, mas foi o Sporting da Covilhã a mostrar-se mais inconformado com o nulo, mais atrevido, mais agressivo no ataque e a conseguir criar mais desequilíbrios, mas a faltar clarividência e acerto na finalização.
Quando estavam jogados 66 minutos, Areias cabeceou para o fundo das redes, na sequência de um canto. mas o juiz da partida assinalou falta atacante de Filipe Cardoso sobre Tiago Silva e o lance não contou.
Aos 72 minutos, em resposta a um livre de Joel Vital na linha lateral, Jean Felipe rematou para uma defesa difícil do guardião leixonense e, no minuto seguinte, Rui Areias recebeu a bola de Gilberto e atirou à baliza, mas o cabeceamento passou por cima da barra.
Apesar do encontro combativo, e apesar de ambos os treinadores terem refrescado o ataque, nenhuma das equipas quis arriscar perder e nos últimos minutos não se intensificou a pressão para desfazer o nulo.
No penúltimo jogo em casa, o Sporting da Covilhã voltou a sentir o apoio dos adeptos, não dentro do estádio, que continua vedado ao público, devido à pandemia, mas do exterior ouviram-se cânticos de incentivo durante quase toda a partida.
Na próxima jornada o Covilhã defronta o Benfica B e depois recebe o Estoril, que chega ao Estádio Santos Pinto já na condição de promovido. Na última ronda os serranos deslocam-se a Aveiro para jogar na casa temporária do Académico de Viseu.