“Se há algo que a pandemia nos trouxe foi o retirar de uma visão errada que se tinha do Interior”. É esta a convicção da ministra da Coesão Territorial, Ana Abrunhosa, que na última sexta-feira, 3, participou, em Belmonte, no seminário “Estratégias para inventar o futuro: o interior em análise no pós-pandemia”, organizado pela Rede Artéria (projecto lançado em 2018, que envolve várias autarquias e que é coordenado pelo ‘Teatrão’, de Coimbra).
O evento, que durou dois dias e reuniu agentes culturais, autarcas, académicos e pessoas de diferentes sectores de actividade, teve como objectivo estabelecer uma relação directa entre o conhecimento académico e as comunidades locais, com o olhar posto no futuro e nas estratégias de desenvolvimento.
Ana Abrunhosa lembrou que, na primeira fase da pandemia, foram muitos os que deixaram as principais cidades do Litoral para se refugiarem, em confinamento, em terras mais localizadas no Interior e que isso “acabou com algumas ideias erradas que se tinham deste território. Muitos dos que vieram viram isso e disseram-no” frisa. Ana Abrunhosa garante que reduzir assimetrias é um objectivo, mas que isso “é mais fácil de dizer que fazer”, realçando que combater a centralização “é decisivo” para dar azo a um processo transformador que “é lento e necessita de tempo”.
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