Nem sequer houve caravana. A vitória de António Dias Rocha, reeleito para um terceiro mandato, pelo PS, à frente da Câmara de Belmonte, teve apenas, na noite do passado domingo, alguns gritos de vitória, mas a festa terminou bem cedo face a uns resultados que o candidato, confessa, não esperava. “De uma maneira geral, estou entristecido, por todo o trabalho que tenho realizado pelo concelho e ser no meu último mandato que quase queriam que me fosse embora. Mas o povo é quem mais ordena. Se acharem que estou cá a mais, digam alto e bom som, que eu vou embora. Por enquanto não vou, que tenho a responsabilidade da maioria do povo do concelho que votou em nós” garantia o candidato socialista.
Desta vez, o PS não ganhou com maioria. E perdeu um vereador no executivo. A lista liderada por Dias Rocha obteve 41,59 por cento (1515 votos) face aos 38,68 por cento da lista do PSD, liderada por André Reis (1409 votos). Os dois partidos colocam, cada um, dois elementos no executivo. A CDU, com Carlos Afonso, teve 14,41 por cento (526 votos), e consegue um lugar na vereação, onde já esteve entre 1993/97, precisamente com Carlos Afonso.
“Estou satisfeito pela vitória, ganhámos, mas provavelmente a população do meu concelho quis-me dizer alguma coisa. Vou deixar assentar o pó, reflectir e depois decidirei aquilo que tenho para vos dizer no futuro” disse Dias Rocha, revelando satisfação pelas vitórias do PS nas freguesias de Inguias, Maçainhas e União de Freguesias de Belmonte/Colmeal da Torre, mas lamentando a derrota em Caria, onde o PSD, com Silvério Quelhas, resgatou a Junta ao PS (actual autarca, Pedro Torrão, não se recandidatou), vencendo com maioria absoluta (6 contra três elementos do PS). “Falhou Caria. Também tenho que reflectir porque é que a população de Caria não gosta de nós. Vou tentar saber.
(Notícia e rescaldo da noite eleitoral completo na edição papel)