“Esta é uma das provas do potencial da Covilhã. Enquanto culminar de um esforço colectivo, a designação oficial por parte da UNESCO reforça um caminho para novas oportunidades de crescimento e afirmação, revitaliza o passado histórico da cidade e constrói sobre ele uma inovadora visão para o futuro assente no debate comunitário, em torno dos horizontes de desenvolvimento sustentável nos campos da arte, da cultura, do conhecimento e da inovação”. É assim que, em comunicado, o presidente da Câmara da Covilhã, Vítor Pereira, reage à entrada da Covilhã na rede de Cidades Criativas da UNESCO.
A Covilhã, a par de Santa Maria da Feira, está entre as 49 novas entradas na Rede das Cidades Criativas da UNESCO, anunciou na segunda-feira, 8, a directora-geral da Organização das Nações Unidas para a Educação, Ciência e Cultura (UNESCO), Audrey Azoulay. A escolha deste conjunto de cidades – que inclui ainda, no Brasil, Campina Grande e Recife – resulta do “reconhecimento do seu compromisso em colocar a cultura e a criatividade no centro do desenvolvimento e partilha de conhecimento e boas práticas”, indicou um comunicado da UNESCO.
Criada em 2004, a Rede das Cidades Criativas (Creative Cities Network, UCCN na sigla em inglês), engloba actualmente 295 cidades em 90 países que estão a investir na cultura e na criatividade – nas áreas de artesanato e arte popular, design, cinema, gastronomia, literatura, artes de ´media´ e música – para ter impacto no desenvolvimento urbano sustentado. A Covilhã entra na Rede de Cidades Criativas com a área do ‘design’ como foco, e Santa Maria da Feira, no distrito de Aveiro, a gastronomia. A candidatura covilhanense a Cidade Criativa do Design tinha sido aceitada formalmente pela UNESCO-Portugal a 30 de Junho, após três anos de preparação, passando os critérios de selecção da organização internacional.