A maneira como políticos, jornalistas e outros comunicadores, incluindo publicitários concorrentes, especialmente ligados à posição, que em estridente coro se insurgiram contra a campanha, tão simples quanto brilhante da Ikea, foi tão hilariante como o próprio anúncio. A marca sueca de móveis apresentou a Estante de Livros que vende nas suas lojas, fazendo uso de três armas demolidoras para o marketing e publicidade. A actualidade, o ridículo, e o humor. Que mistura maravilhosa para passar a mensagem. O objectivo foi de tal modo conseguido, que mesmo que o conjunto de prateleiras não se venda por aí além, a forma como uma boa fatia de portugueses fez pregão do material, terá valido bem o trabalho dos criativos do projecto. A marca aproveitou ainda geringonças e outras coligações, a inflação e outros temas tão caros à população portuguesa para alargar os horizontes da campanha. Apesar de tudo, olha-se para a estante e não parece lugar muito seguro para guardar quantias avultadas.