“Quando entrei na cidade pensei ‘bem, vim para o fim do mundo’, mas depois mais perto da faculdade percebi que é uma cidade quase como a minha”, diz Bruna Viseu, de Lamego, que se encontra na fila para fazer o cartão de estudante. Junto à UBI, é tempo de matrículas para o novo ano letivo e junto à estudante está a sua mãe, Sandra Viseu, que diz sentir-se “um bocadinho aflita”. “Lamego-Covilhã ainda é uma distância grande, mas pronto. Tem de ser. Tem de ganhar asas. É o início do sonho”, refere Sandra com alguma emoção na voz.
Bruna revela que a UBI não foi a sua primeira opção, mas que ficou “feliz” por ter entrado na Covilhã. “Também gosto do curso (filosofia) e é uma área que me interessa” afirma a caloira, que não tem nos seus planos mudar de instituição na segunda fase do Concurso Nacional de Acesso ao Ensino Superior (CNAES).
Ao contrário de Bruna, Catarina Nunes, jovem natural de Chaves, que vai ingressar no curso de Ciências Farmacêuticas, mostra ainda ter dúvidas se continua pela Cidade Neve ou não. “A Covilhã não foi a minha primeira opção, foi a terceira. Ainda não sei se mudo ou se fico por aqui”, revela.
Também na fila para realizar a matrícula está João Costa. O jovem, proveniente de Fafe, ficou colocado na sua segunda opção, em Ciências Farmacêuticas na UBI, fazendo parte dos 70,2 por cento de estudantes colocados na UBI (1.404) que escolheram a instituição covilhanense como primeira ou segunda opção. João diz estar preparado “para um novo capítulo”, apesar de ser “um pouco desafiante”. “Estou habituado a viver em casa dos meus pais e agora tenho de viver a quase 300 quilómetros. Mas estou preparado e é engraçado ter um novo desafio”, garante de forma entusiasmada.
O caloiro revela que já lhe tinham falado “muito bem” da Covilhã. “Um colega meu esteve aqui em Engenharia Informática e falou muito bem, que as pessoas são muito unidas e acolhiam muito bem”, destaca João. Embora não tenha entrado na primeira opção, o jovem refere que não pretende mudar. “Quero ver como isto é, mas como me falaram muito bem daqui, talvez não pretenda mudar”, explica.
Outros motivos para a escolha da Covilhã prendem-se com questões geográficas, como é o caso de Caitlin Luís, que ficou colocada em Optometria, tendo sido a sua primeira opção. “Era só Covilhã ou a Universidade do Minho, mas a Covilhã é mais perto”, diz.
Também de Ponte de Sor é David Marta, que revela não gostar de “cidade grandes” e por isso também se candidatou à UBI para o curso de Biotecnologia. Embora não tenha sido a primeira opção do aluno, revela que vai “manter-se por aqui”.
A segunda fase do CNAES começou na segunda feira, 28, e decorre até 5 de setembro, tendo a UBI ainda disponíveis 218 vagas. Na primeira fase, a UBI “ganhou” 1404 alunos, com a instituição a perspetivar que “voltará a ultrapassar o seu maior número total de alunos”. Recorde-se que em 2022/2023, a universidade ultrapassou os nove mil alunos, “o mais alto da sua história.”