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A “Paulita” das farturas que é sinónimo de São Tiago

Ana Ribeiro Rodrigues

O sol ainda brilha alto, as temperaturas ultrapassam os 30 graus Celsius, mas o movimento junto à rulote das “Farturas Paulita” já é ininterrupto. Os clientes cumprimentam, pergunta-se de parte a parte pela família. Amélia Sequeira, 66 anos, desde menina e moça habituada a amassar farturas e com desembaraço a fazer com a seringa metálica o movimento circular para a frigideira, conversa com vivacidade, sem dar descanso aos braços.

É assim há mais de meio século, quando começou a criar uma ligação com a Covilhã que não mais se quebrou.

“Eu venho, sem falhar nenhum ano, há 54 anos ao São Tiago. Com ou sem covid, nunca faltei. Acho que na Covilhã não há quem não me conheça. Já sirvo três gerações, algumas quatro”, salienta Amélia, a quem muitos tratam há anos por Paulita, nome da filha dado à rulote. A feirante está habituada e responde pelos dois nomes. “Muita gente chama-me Paulita, e eu nunca desfiz o equívoco”, diz, divertida.

Amélia nasceu na Régua, aos 11 anos foi trabalhar com os tios, que aos 17 anos lhe ofereceram sociedade. A primeira vez que esteve na altura “grandiosa” Feira de São Tiago foi no Campo das Festas, ainda sem o quartel dos Bombeiros, até depois passar para o descampado onde viria a ser construído o infantário Bolinha de Neve.

Desde então, percorreu os muitos locais para onde o certame se mudou. Junto à Biblioteca, depois abaixo do Tribunal, quando apenas existiam as primeiras construções do Bairro da Estação e só com quintas à volta. Mais tarde no Parque Industrial do Canhoso, “um deserto”, posteriormente na terra batida da Avenida da Anil, quando já estava construído dentro do pavilhão e também nas imediações, quando o figurino voltou a mudar. Sempre com os dois espaços de jogos e a pequena rulote, que no total davam emprego a cerca de 20 pessoas.

Artigo completo na edição em papel do NC.

 

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