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A perdição do humor

E pronto, terá adormecido à sombra da sua conta bancária. E isto é gozar com quem gosta de humor. Humor com inteligência, com criatividade, aliás bem à imagem do que nos habituou Ricardo Aráujo Pereira. Isso não está a acontecer aos domingos à noite na grelha de programas da SIC. “Au contraire”. Ah… espera, não é comédia, é sátira política. E nesse caso há razões de sobra para a necessidade, existência e apresentação. Trata-se tão pouco de criticar, dizer mal, atingir, criar desconforto. Então nesse caso, já cá não está quem escreveu. Pronto, lá está. Nem é necessário puxar muito pelos neurónios.

Nada. Basta “agarrar” nuns excertos de telejornais, em que aparecem políticos a dizer coisas, há muitos especialistas nesse tipo de prática, dizer coisas, e ligá-los com umas piadolas brejeiras, tipo “comédia de bimbo”. Quem é que não esboça um sorriso ao ver Marcelo em poses de tarado exibicionista ?! Até mesmo alguns “amigos” de Marcelo, põem a mão à frente da boca. Isso, um sorriso, uns esgares, e uns vigorosos aplausos da contratada plateia. O Ricardo tem é “muita coragem”, ao abrir a gabardine do Presidente da República, colocando o país a imaginar-lhe as partes pudengas. Suponhamos, é claro. O defensor da máxima de que no humor não há limites, e também vendedor de cobertores eléctricos naquele sítio que tem tudo e mais alguma coisa, avançou para o conceito que um genial humorista deveria evitar. O da piada fácil. E óbvia, aliás. Por mim prefiro o humor. A boa comédia. Não a de criar uma pretensa piada, imitando a forma de falar de um ministro ou de uma outra personagem da vida pública. Não Ricardo, isso faz qualquer um de nós ao balcão do bar com uma mini na mão. E nós, como estás “careca” de saber, desgraçados e mal pagos trabalhadores, “aliviamos o stress”, dizendo umas larachas, rindo à gargalhada por tudo e por nada. Olha uma coisa, andamos uma semana por inteiro a ouvir os dislates políticos e jornalísticos que alimentam os espaços mediáticos, e a fazer graçolas com isso. A cada minuto que passa, nos mais diversos canais de televisão. Quando chegas ao domingo à noite, já nós nos divertimos “à fartazana”com as iniciativas parlamentares, com os “chegas” desta e de outras vidas, já não estamos nem aí para “roupa velha”. Queremos pratos de bom humor, cozinhados com inteligência, elegância e criatividade. Lá está, para “gozarmos o prato”. No bom sentido, não de uma forma tonta, como temos andado a fazer. Força nisso!

 

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