Alguma vez, tão jovem, pensava estar no Jamor, numa equipa de arbitragem da Taça de Portugal?
Obviamente que com 15/16 anos, nunca pensamos em estar no Jamor, com a equipa de arbitragem e ainda mais na final da Taça de Portugal. É algo inimaginável para a maioria das pessoas, mas que felizmente se tornou realidade, bem antes do que esperava.
Como é que isso se proporcionou?
Bem, tenho de agradecer em primeiro lugar à APAF, pois foi através do ENAJ (Encontro Nacional do Árbitro Jovem) que tive esta oportunidade. Neste evento, há uma serie de provas físicas e teóricas, em que somos avaliados e que permitem, no final, fazer uma classificação. No meu caso em concreto, sendo a primeira classificada, o prémio foi estar presente na festa do futebol português, a final da Taça.
Qual é a sensação de estar ali, num jogo tão especial, com tanta gente que só costuma ver pela TV?
Nunca tinha estado num jogo de séniores, quanto mais no Jamor e com alguns dos jogadores/treinadores mais conhecidos do nosso país. A sensação foi simplesmente indescritível e poder fazer parte deste jogo, tendo lidado com algumas pessoas que me habituei a ver apenas na TV, foi muito especial!
Qual o banco de suplentes mais bem-comportado?
Num jogo com tantas emoções, e onde estava um título em discussão, obviamente que os ânimos, em alguns momentos, acabam por ser exaltar e ambas as equipas tiveram um comportamento efusivo durante toda a partida. Cabe à equipa de arbitragem tentar gerir, dentro do razoável, todas essas emoções, de modo a que o jogo decorra da melhor maneira.
Para a próxima, a ambição é estar a apitar?
Sei que na final masculina será muito difícil voltar. No entanto, embora seja muito cedo para saber o que o futuro me reserva na arbitragem, é um dos meus objetivos voltar ao Estádio Nacional, dessa vez como árbitra ou assistente.