Agora, é oficial: o Sporting da Covilhã (se é que ainda alguém pensava nisso) está matematicamente fora das contas de promoção à II Liga esta temporada sendo que, na próxima época, terá que preparar melhor a sua participação na Liga 3, caso queira voltar ao futebol da Liga de Clubes. A ver vamos se com Francisco Chaló, ou não, sendo certo que, desde que Alex Costa saiu, mesmo não havendo resultados positivos, a qualidade do futebol covilhanense subiu. Bastante.
O passada sábado, de manhã, foi prova disso. Pelo menos, na segunda parte, na qual os serranos desperdiçaram imensas oportunidades que lhe teriam dado um primeiro triunfo na fase de promoção da Liga 3. Que, diga-se, teria sido justa. Mas nos descontos, o Braga B, que luta pela subida, foi feliz, marcou e trouxe de novo aos serranos a sina do costume: sofrer golos nos instantes finais. Há mais 90 dias que o leão da serra não sabe o que é vencer, altura em que ganhou frente à Académica, na penúltima jornada da fase regular.
Na primeira parte, as duas equipas foram-se anulando mutuamente. O Braga B chegou, em algumas fases, a ter mais bola, mas nunca criou perigo. Já o leão da serra, organizado, poucas chances dava ao seu adversário, mas também não fazia melhor no ataque. Aliás, o primeiro e único remate enquadrado dos serranos na primeira parte foi de Michel, aos 33 minutos. Quando se jogava o último minuto dos primeiros 45, o Braga B marcou. Jogada individual de Mathys Marie na direita, cruzamento, e Yan Said, de cabeça, a antecipar-se a Makaridze e a faturar.
No segundo tempo, o Sporting veio melhor. Bem melhor. E as mudanças logo operadas por Chaló deram mais dinâmica ofensiva à equipa. Gildo e Bruno Figueiredo ficaram nos balneários, José Pereira e Diogo Ferreira entraram para as alas, e deram andamento. E aos 55 minutos, o Covilhã empatou. Cruzamento da esquerda, de Michel, e Elijah, com um pontapé acrobático, meio à bicicleta, a marcar o seu primeiro golo nesta fase da prova.
Aos 63 minutos, o Braga quase marcou. Contra-ataque bem conduzido por João Vasconcelos (um grande valor a seguir), bola em Yan Said, triangulação com Kelvin que, em boa posição, remata à baliza com Gilberto, em cima da linha de golo, de cabeça, a substituir Makaridze, e a impedir a bola de entrar.
Um aviso sério aos serranos, que voltaram à carga. Aos 66 minutos, José Pereira aproveitou um erro de Nuno Matos para surgir na cara do guardião bracarense, Bernardo Fontes, e rematar, para defesa atenta do mesmo que, três minutos depois, faria nova grande intervenção, após remate com selo de golo, fora da área, da autoria de Renato Soares. Na sequência do canto, nova tentativa de Renato, nova defesa atenta de Fontes, de novo pela linha de fundo.
Mas as jogadas de perigo eram constantes. Aos 78 minutos, bom contra-ataque com Elijah a soltar em Diogo Ferreira que, na área, trabalha bem, mas remata de pé esquerdo por cima; um minuto depois, nova jogada individual de Renato Soares, a furar na área, mas a rematar frouxo à figura do guardião bracarense; e aos 80, o maior falhanço dos serranos. Uma bela jogada de contra-ataque, conduzida por Traquina, que meteu na área em Diogo Ferreira que, com um toque de habilidade, tirou da frente defesa central e guardião bracarense, e com a baliza aberta, de pé esquerdo, atirou em arco, mas ao lado.
Mesmo assim, o Covilhã não desistiu. Aos 82 marcou um golo, prontamente anulado por fora-de-jogo de Traquina na hora de cabecear, com êxito, à baliza; e aos 84, foi o avançado arsenalista Yan Said a tirar, em cima da linha de golo, uma bola cabeceada por Tiago Moreira, na sequência de um canto.
Quando menos se esperava, o Braga B marcou e levou os três pontos. Jogo direto do guarda-redes Bernardo Fontes, para a esquerda do ataque, onde Dinis Rodrigues, com qualidade, cruza de pé esquerdo para a área onde Ricardo Rei, de cabeça, bate pela segunda vez o guardião georgiano dos serranos.
A próxima partida do Covilhã é no domingo, 28, no estádio da Tapadinha, em Lisboa, frente ao Atlético, já com os serranos sem qualquer tipo de aspiração.