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A vista da Beira

Não deveria ter nascido. Não vai morrer, bem pelo contrário, ganhou vida, e vai ser vista. Verde, dizem os promotores do renascimento que se dizem transformadores, quiçá inovadores. Na verdade, daqui vê-se a Beira toda. Bom… quase toda. Dada a posição privilegiada do mastodonte edifício localizado quase desde a pré-história à beira da reitoria da Universidade da Beira Interior. Verge, beira ou mesmo berma, é a empresa responsável pela recuperação, construção e viabilização comercial da Green View, a torre que nunca deveria ter sido construída, que obviamente deveria ter sido demolida, e que ao cabo de mais de 50 anos, parece ganhar outra existência. É pelo menos o que se lê na apresentação da empresa com sede em Lisboa, que promove o negócio e que diz “…estar a transformar o sector imobiliário em Portugal ao desenvolver e promover projetos residenciais com elevados padrões de qualidade, deslocalizados dos grandes centros, e com foco no interior do país”. Com este tipo de mensagem, ninguém os deve questionar. Pelo menos para já. Dizem-se profundos conhecedores do mercado e suas tendências, definindo como critério de actuação, a identificação de potencial no interior do país. A coisa parece ainda numa fase embrionária, dado que têm apenas dois projectos no portfólio. Um condomínio em Santa Comba Dão, e a “nossa” bela e imponente Torre de Santo António, agora rebaptizada.

Li que a “venda de fracções” tem sido um sucesso, e que a maioria dos apartamentos já estará vendida, o que não deixa de ser um atestado de que a comunidade se está bem nas “tintas” para a “aberração” urbano-paisagística ali criada e revelada ao longo dos anos. A Câmara Municipal da Covilhã, que em Fevereiro último aprovou a licença de construção, “está convicta de que a recuperação do edifício vai ser uma realidade e dentro dos prazos estabelecidos”. Ora, ora… que luxo. Ou seja, até ao final de 2025. A ideia é de que saia dali um renovado imóvel com entrada directa para o mercado de padrões habitacionais de topo de gama, com apartamentos a preços que não cabem nos bolsos do português comum. Outra coisa não seria de esperar, até pela antiguidade do imóvel.

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