“Gostava, antes de terminar o mandato, ter as obras concluídas. Vamos lá ver”. Foi este o desejo deixado na última quinta-feira, 16, pelo presidente da Câmara de Belmonte, António Dias Rocha, sobre as obras de requalificação da escola sede do Agrupamento de Escolas Pedro Álvares Cabral, cujo o lançamento do concurso público foi aprovado por unanimidade na reunião do executivo desse dia. O autarca espera que a obra possa arrancar “rapidamente” e deseja que não seja necessário visto do Tribunal de Contas, nem outras burocracias que possam atrasar algo que considera ser necessário.
Rocha já garantira, há meses atrás, que a empreitada seria “uma realidade”, avaliada em cerca de 1,2 milhões de euros. “É uma necessidade absoluta para dar melhores condições, quer aos alunos, como a docentes e pessoal da escola” frisava o autarca. Paulo Borralhinho vice-presidente, já dissera que após uma reunião com Manuel Castro de Almeida, ministro da Coesão Território, havia a garantia de que o projeto de recuperação da escola teria financiamento. “O ministro garantiu que o Orçamento de Estado irá financiar a obra e que até final do ano teríamos novidades sobre isso. Era algo com que estávamos a contar” frisava.
Em Belmonte, há anos que se ouve dizer que os dois pavilhões, pré-fabricados, que constituíam a escola sede do Agrupamento, tinham prazo de vida limitado, mas segundo Dias Rocha, técnicos garantiram que estão ainda em perfeitas condições. Entretanto, mais dois edifícios nasceram a seu lado (há cerca de 20 anos) e agora, todos eles vão sofrer obras de reabilitação. “Vamos fazer o que é necessário para criar condições a que os alunos, os professores e auxiliares, tenham todas as condições no Inverno e Verão, tendo em conta os anos que a escola já tem” explicou o presidente da autarquia. A intervenção abrange a requalificação dos quatro edifícios escolares, o revestimento térmico das fachadas e cobertura, a suavização de percursos entre pavilhões, com criação de novas rampas, intervenção em escadas exteriores, e remodelação das redes de água e eletricidade, bem como a mudança de toda a caixilharia, com aplicação de vidro duplo.
De fora, ficou a possibilidade de construção de um mini-pavilhão gimnodesportivo no recinto da escola, algo já reclamado há muitos anos, já que os alunos se deslocam a pé ao pavilhão da vila, a cerca de 300 metros, para ter aulas de educação física. “O pavilhão não foi aceite, não houve apoio. Confesso que fiquei triste” frisa Dias Rocha.