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AE3P volta a fazer da ginástica momento de atração

Depois de um interregno de dois anos, imposto pela pandemia causada pela covid-19, o Encontro de Ginástica das Beiras (EGB), promovido pela Associação Estrela de Três Pontas (AE3P), voltou a lotar o pavilhão da Universidade da Beira Interior, com público para ver as exibições de cerca de 250 ginastas de oito clubes.

Na sexta edição, a iniciativa teve como novidade o programa competitivo, com prémios monetários, que o FC Alverca venceu. O Bairro da Bela Vista, da Sobreda da Caparica, conquistou o segundo lugar e a Estrela de Três Pontas o terceiro, numa votação em que o público teve um peso de 30 % e o júri, de que fizeram parte as quatro vezes campeãs do mundo Rita Teixeira e Rita Ferreira, 60 %.

O presidente da AE3P, Pedro Serra, sublinhou, ao NC, o regresso “custoso” após a paragem motivada pela pandemia e a um normal que mudou, mas acentuou as “exibições incríveis” a que o público assistiu, a “oferta cultural diferente” que o Encontro de Ginástica das Beiras proporciona à Covilhã e enalteceu o evento “além das expectativas”.

O dirigente explica a opção pelos prémios financeiros por ser “um chamariz” para as estruturas diretivas dos clubes “olharem para o convite com outros olhos, perante a possibilidade de mitigar as despesas que as organizações têm”.

O balanço ultrapassou o que estava pensado. “Para a data que escolhemos, em que corremos o risco de termos menos participantes, foi até além das nossas expectativas, porque estamos numa altura em que as escolas já fecharam, há muita gente de férias e coincidiu com Eurogym, que está a acontecer neste momento na Suíça. Portanto, temos alguns clubes participantes regulares que não puderam vir por causa da coincidência de datas”, referiu Pedro Serra.

O presidente disse ter iniciado o EGB para pôr a AE3P no mapa da ginástica no país e considera o trabalho feito “uma aposta ganha”.

Para Pedro Serra, este é um dia de os ginastas mostrarem o que conseguem fazer com o corpo e espera que recordem a iniciativa como “uma noite de sonho” e que o momento fique associado “às boas memórias da ginástica”.

“Classificação é o menos importante”

“É incrível ver as crianças a divertirem-se, a darem o seu melhor, vê-los felizes. Lembra-me quando eu era mais pequenina, fazia estas galas e também me divertia imenso”, frisou a quatro vezes campeã do mundo Rita Teixeira, de 17 anos, que treina diariamente cinco a seis horas diárias.

Para a reconhecida ginasta, “a classificação é o menos importante”. O que destaca é os participantes poderem mostrar o melhor que sabem fazer.

A base Rita Ferreira, 21 anos, também quatro vezes campeã do mundo, atleta do Acro Clube da Maia, já tinha estado na Covilhã, onde actuou em duas edições do EGB, e destacou a satisfação por, “depois das restrições com a pandemia, voltar a ver tantas crianças a praticar, todos juntos, e a observar, dentro das equipas, os mais velhos a apoiarem e a puxarem pelos mais novos”.

“Isto acaba por ser uma competição e um convívio e é muito bom para os mais novos começarem a habituar-se a apresentarem-se perante o público, mas, acima de tudo, divertirem-se e gostarem da modalidade”, sintetizou a ginasta.

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