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Alternativa ao Colégio das Freiras pode ser Cozinha Económica ou Bolinha de Neve

Executivo municipal e Segurança Social reuniram-se hoje com os pais

O antigo infantário Bolinha de Neve, encerrado em 2018, ou o edifício da antiga Cozinha Económica, propriedade da Santa Casa da Misericórdia da Covilhã, onde até há cerca de 10 anos funcionou também um  equipamento com as valências de creche e pré-escolar, são possibilidades equacionadas como alternativa ao Colégio das Freiras, que vai encerrar em 31 de agosto.

A unidade educativa, da Fundação Imaculada Conceição da Congregação das Irmãs Doroteias, informou ao final do dia de sexta-feira os pais do encerramento, devido à falta de religiosas, dificuldades económicas e à necessidade de fazerem intervenções significativas num edifício que não é seu.

Embora ressalvando que essa não é uma competência do município, o presidente da Câmara da Covilhã garantiu hoje que a autarquia vai intermediar o processo e dar apoio financeiro e logístico.

Eleitos do executivo municipal, da maioria e da oposição, reuniram-se hoje à tarde com o diretor distrital da Segurança Social (SS) de Castelo Branco e com representantes dos pais para discutirem o assunto e perceberem quais podem ser as alternativas para dar resposta ao encerramento do Colégio das Freiras.

O presidente alertou que a solução que os pais preferiam, continuar nas mesmas instalações, implica novos licenciamentos, uma vez que o acordo de cooperação com a Congregação é “para aquelas instalações” e “os acordos de cooperação da SS não podem ser transferidos” para outras entidades que possam vir a gerir aquele ou um novo espaço.

Vítor Pereira acrescentou, no final da primeira “reunião exploratória”, que “uma solução definitiva vai demorar tempo a ser implementada”, devido aos requisitos impostos e à realização de obras, mas adiantou estarem a ser avaliadas todas as possibilidades que sejam exequíveis, sem descartar hipóteses, e mencionou que “várias instituições e particulares se disponibilizaram para encontrar soluções para este problema”.

Com 30 funcionárias, frequentam o Colégio das Freiras 45 crianças na creche, 80 no pré-escolar, 55 no ATL e, numa cidade onde não existem vagas no infantário, e há listas de espera, a situação está a preocupar os pais.

O presidente adiantou que a Segurança Social vai diligenciar junto do Instituto de Gestão Financeira da Segurança Social “para ver o que é possível” fazer para adaptar o edifício do antigo infantário Bolinha de Neve.

A Santa Casa da Misericórdia da Covilhã, que encerrou o infantário localizado na antiga Cozinha Económica e depois o Bolinha de Neve, também manifestou disponibilidade para contribuir através da sua capacidade “pedagógica, social e logística”.

“Tudo vamos fazer para que isso aconteça”, respondeu o diretor distrital da SS, Nuno Maia, quando questionado se pode garantir que em setembro as crianças têm onde ficar.

Sobre quem vai gerir um futuro espaço, particulares ou a própria SS, Nuno Maia disse que estão “a estudar” as hipóteses e “a melhor forma de dar resposta”.

“Os pais o que pretendem é encontrar uma solução que sirva os interesses da cidade, porque é um problema da cidade”, vincou Alda Gomes, porta-voz da Comissão de Pais, para quem o ideal seria o colégio “manter-se no mesmo espaço, por um período transitório”.

A vereadora com o pelouro da Educação e da Ação Social, Regina Gouveia, reforçou que “não há vagas na cidade para creche e existe lista de espera”, sem adiantar números, dois meses depois de o município ter apontado para mais de 300 crianças sem vaga no infantário.

Questionado se a solução a encontrar terá em consideração as 30 trabalhadoras, o presidente da autarquia sublinhou que a sua entidade patronal é a Fundação Imaculada Conceição.

O PS, em comunicado, desafiou as “forças vivas da cidade” a exigirem ao Governo o reforço de verbas para a construção de duas creches aprovadas para as duas zonas industriais da Covilhã.

O PSD alertou para a “responsabilidade compartilhada entre a Igreja, a SS e a Câmara Municipal da Covilhã” que devem assumir na preservação da instituição.

O PCP lamentou o encerramento, que vem “agravar a situação existente”, defendeu a “criação de uma rede pública para suprir a carência de vagas” e criticou a maioria socialista por ter deixado encerrar o infantário Bolinha de Neve, o único público na cidade, antes de passar para a gestão da Santa Casa, “sem qualquer protesto digno de registo”.

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