Pedro Silveira
Professor
Começo esta crónica com o hino dedicado aos covilhanenses cantado pela nossa fadista Amália Rodrigues, que é sobejamente conhecido, a mais bela música dedica à Covilhã, a “Covilhã, Cidade Neve.”
A Covilhã foi elevada à categoria de cidade a 20 de Outubro de 1870, pelo rei D. Luís I, considerada por ser “uma das vilas mais importantes…” Aquando do centenário da cidade, em 1970, Amália canta-nos pela primeira vez ao ouvido o seu Passado, Presente e o Futuro.
Algumas curiosidades sobre Amália: foi batizada na Igreja Matriz do Fundão, no dia 6 de julho de 1921. O seu avô, António Joaquim Rebordão, era do Souto da Casa e sua avó Ana Rosário era de Alcaria. Desse matrimónio nasceram 16 filhos, uma delas foi Lucinda Rebordão, mãe de Amália Rodrigues. Foi a primeira mulher a merecer honras de Panteão. Passou pelas principais salas de espetáculos do mundo, como foi o caso do Olympia, em 1956. Assim sendo, não podemos deixar de falar de uma das figuras que contribuíram decisivamente para a revolução do fado português. O álbum “Busto” é marcante na carreira de Amália e contribuiu fortemente para a derradeira viragem do fado português, com o tema “Estranha forma de Vida”, assim como “Povo que lavas no Rio.” Foi esse povo que cantou, que nunca a abandonou nem antes nem depois do 25 de Abril.
Ainda no que diz respeito ao centenário da cidade em 1970, Amália Rodrigues edita o álbum “Com que voz”.
Passados 153 anos o município da Covilhã assinalou a data, entregando a medalha de ouro e a chave da cidade pelo serviço prestado à região e ao país, à Universidade da Beira Interior pelos seus 50 anos. Parabéns! Termino feliz, meio século depois, da minha idade, a UBI trouxe essa frescura, novos linguarejares e a concretização de novos planos, uma vez que os filhos, netos dos operários, dos pastores, das cerzideiras, das queijeiras tiveram a oportunidade de frequentar o Ensino Superior na sua própria cidade e num país livre.