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Amigos da Serra da Estrela consideram urgente identificar zonas de risco de erosão

A associação cultural Amigos da Serra da Estrela (ASE) defendeu na quarta-feira que é urgente “identificar as zonas de elevado risco de erosão e danos físicos e materiais”, na sequência do incêndio que lavrou durante mais de uma semana na região.

No entender da organização, “uma vez diagnosticadas as zonas de risco”, deve proceder-se “ao derrube de todas as árvores e arbustos queimados” e fazer barreiras com o material lenhoso, com o objectivo de “impedir o deslizamento do solo, potenciando, simultaneamente, uma maior retenção das águas”.

“É um processo que requer pessoas habilitadas ao abate de árvores, através de uma técnica florestal que faz o travamento das árvores nos troncos das mesmas, acompanhando a orografia do terreno”, explicou a ASE, num comunicado.

A associação frisou que esta intervenção “deve iniciar-se tão breve quanto possível, do topo para a base, salvo se as circunstâncias do local sugerirem outra ordem”, e que deve, desde já, começar a ser programada “a reflorestação das encostas, aproveitando toda a disponibilidade dos cidadãos para participar nas acções de plantação”.

“Importa, pois, que as entidades com responsabilidades nesta área (ICNF, Câmaras Municipais, baldios, Juntas de Freguesia, entre outros) reúnam e manifestem abertura ao apoio de que a nossa associação pode dar”, acrescentou.

A ASE lembrou a sua experiência na organização de campanhas, manifestando “total empenho” em colaborar com essas entidades.

“Temos todos os motivos para nos sentir, naturalmente, mobilizados pelos sinais de apoio que temos vindo a receber. Entre voluntários e empresas, em particular da Força Aérea Portuguesa, pelo apoio indispensável para o transporte das plantas para áreas de difícil acesso”, contou.

Na opinião da associação cultural, “não houve uma adequada avaliação dos riscos inerentes à dinâmica que o incêndio poderia tomar, no que diz respeito à sua fase inicial”, mas agora “importa que os mesmos sejam devidamente analisados”, para que sejam evitados futuramente.

“O que nos concerne neste momento é o que se pensa fazer perante as circunstâncias e minimizar ainda mais danos que possam ocorrer num futuro próximo, como é o caso das próximas chuvas de Outono”, esclareceu.

A ASE recordou que, já em situações anteriores, alertou para essa realidade “e nada foi feito, sendo que o que se procurou fazer foi profundamente desajustado, face à dimensão e intervenção que importa realmente adequar a este contexto”.

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