O presidente demitiu-se há já mais de duas semanas. Nada se sabe do sucessor que seria cooptado entre elementos da direção (segundo o presidente da assembleia, Francisco Moreira). Nada se sabe de um possível investidor. Nem de um novo treinador (opção contra a qual era Marco Pêba, ao contrário de outros dirigentes). O que se sabe, e é certo, é que o Sporting da Covilhã é cada vez mais último na série B da Liga 3, onde soma sete pontos, já a distantes outros sete da zona de acesso ao play-off de subida. Porque no domingo somou, em casa, mais uma derrota (a quarta esta temporada) frente ao Amora (0-2). Aliás, os serranos ainda não conseguiram vencer no Santos Pinto, a não ser para a Taça de Portugal.
No domingo, o Amora foi mais ameaçador na fase inicial. Algumas perdas de bola, em zona proibida, deram azo a dois ou três remates à baliza de Gustavo Galil, mas sempre desviados do alvo. Aos poucos, os serranos foram acertando, equilibraram a contenda, e já no último quarto de hora tiveram duas oportunidades de golo. A primeira por Filipe Garcia, descaído na esquerda da área, que atirou forte, rasteiro, mas falhou o alvo por centímetros, aos 34 minutos, e a segunda, aos 41 minutos, por Niang, que descaído na direita do ataque, entrou na área, e rematou rasteiro, um tudo ou nada ao lado da baliza defendida por Diego.
E, como diz o velho ditado, “quem não marca, sofre”, acabaram por ser os “Leões da Serra” a encaixarem um golo, logo no início do segundo tempo. Uma jogada bem delineada pelo lado direito do ataque da equipa da margem sul, com Ednilson a servir Joaquim Marques que cruzou atrasado para Dino Semedo, à boca da baliza, encostar facilmente para o fundo das redes. O Covilhã tentou reagir, nem sempre da melhor forma, e apenas acabou por incomodar a equipa de Nuno Presume aos 72 minutos, por Niang. E foi já com o Covilhã desesperado, em cima do meio-campo adversário, que o Amora foi ainda mais amargo, ao sentenciar o jogo, aos 89 minutos, num grande remate, fora de área, de Mauro Antunes, após jogada de contra-ataque.
No final da partida, o técnico covilhanense, José Bizarro, lamentou a instabilidade diretiva, que diz não ajudar em nada a equipa, elogiou o trabalho do diretor desportivo Vítor Cunha em toda esta fase, e reconheceu que o Covilhã necessita de um ou dois reforços para as alas.
No próximo domingo, o Sporting da Covilhã volta a jogar em casa, às 15 horas, frente ao Caldas, no início da segunda volta. Na semana seguinte, também no Santos Pinto, mas sábado, os serranos defrontam o Lusitânia dos Açores para a quarta eliminatória da Taça de Portugal.
		
