O executivo da Câmara de Manteigas aprovou na reunião extraordinária de 14 deste mês o prémio do concurso público de conceção da praça central da vila, votação que tinha sido adiada na primeira reunião de julho.
A proposta vencedora, de entre 21 que foram apresentadas ao município, contempla a requalificação da praça central e rua 1º de Maio, num anteprojeto que prevê, entre outras coisas, um estacionamento subterrâneo, com 30 lugares, a edificação de um imóvel tipo monumento romano, zona para um quiosque, esplanada, espelho de água, criação de ilhas para esplanadas e a redução do estacionamento na rua.
Apesar da aprovação, com votos favoráveis de presidente e vice-presidente, do movimento Manteigas 2030, e dos dois vereadores do PS, e abstenção do eleito do PSD, Nuno Soares, que disse que não votou a favor por considerar que a proposta precisa de algumas alterações.
O social-democrata, que na primeira reunião de avaliação da proposta tinha pedido o adiamento da votação para uma análise mais profunda, disse que após verificar as 21 propostas afirmou ter percebido o porquê da escolha da proposta vencedora, que considerou interessante, mas incompleta. “Não desvirtuando o apresentado, há possibilidade de pequenos ajustes. Penso que com o recente custo dos materiais, não faremos a obra com menos de dois milhões (está orçada em 1,4 milhões de euros). E existe um handicap, que são os 30 lugares de estacionamento. Não se resolve o problema. Se se construir um piso subterrâneo, podemos ganhar o dobro dos lugares. É dinheiro, a obra encareceria mais 500 mil euros, mas sendo tecnicamente possível, e não disparando os valores, valia a pensa pensar nisso” disse Nuno Soares.
Tomé Branco, vereador do PS, disse concordar com a opinião do eleito “laranja”. “O estacionamento não vai resolver o problema todo, podemos melhorar. Mas inviabilizar a proposta seria de mau tom” disse, justificando o voto favorável.
Flávio Massano, presidente da Câmara, disse ter ficado agradado com o voto de confiança. “Concordo com a sugestão, os 30 lugares não resolvem. Se gastamos dinheiro, não se faz uma coisa coxa. Mas já temos uma proposta que agora avançará para projeto” frisa.
Anteriormente, Flávio Massano lembrara que o projeto irá permitir “a revitalização de uma área do centro histórico”, num terreno que a autarquia comprou, no passado, aos CTT, numa obra que visa “construir um local de comunidade.”