Até esta sexta-feira, 20, podem ainda ser entregues na Câmara de Manteigas os kits de participação para desenvolver propostas de uso do espaço da antiga oficina da firma Direitos Lda, localizado na rua 1º de Maio, que foi adquirida em julho pela autarquia.
A Câmara abriu espaço à participação dos munícipes para estes sugiram o que fazer daquele novo espaço, e no passado dia 7, decorreu mesmo no local um primeiro encontro de processo participativo, realizado em parceria com a Faculdade de Arquitetura da Universidade do Porto. Segundo a autarquia, o objetivo foi a “recolha de ideias e sugestões, de forma a definir o que poderá ser este espaço”, com os presentes a terem oportunidade de registar memórias, lembranças e a identidade de Manteigas, “expondo e debatendo ideias para este novo equipamento.”
A antiga oficina automóvel foi comprada pela Câmara em julho deste ano, e passa para as suas mãos a 1 de janeiro do próximo ano. Na altura, em comunicado, a autarquia frisava que o edifício que durante anos albergou a firma Direitos Lda poderia albergar, no futuro, um “mercado moderno que responda a várias valências e que reforce a atractividade ao concelho”. Este é, segundo a Câmara, um dos edifícios mais centrais “e emblemáticos” da vila.
O futuro do imóvel já foi objeto de discussão, há meses atrás, no seio do executivo municipal. Flávio Massano lembrou que a aquisição do edifício é” uma medida importante para o município, para a afirmação do centro de Manteigas” e prometeu tratar “da melhor forma possível” o espaço, “fazendo jus a este investimento”.
Em novembro de 2023, a Câmara de Manteigas aprovou a elaboração de um projeto de arquitetura de execução da praça central da vila, que prevê a requalificação de todo aquele local e da rua 1º de Maio, zona em que se encontra o imóvel agora adquirido. O projeto prevê, entre outras coisas, um estacionamento subterrâneo, com 30 lugares, a edificação de um imóvel tipo monumento romano, zona para um quiosque, esplanada, espelho de água, criação de ilhas para esplanadas e a redução do estacionamento na rua. Flávio Massano lembrava que este projeto irá permitir “a revitalização de uma área do centro histórico”, num terreno que a autarquia comprou, no passado, aos CTT, numa obra que visa “construir um local de comunidade.”