António Marques de saída da presidência da APPACDM

Atual vice-presidente, Sandra Fortuna, é candidata às eleições marcadas para 7 de junho

O presidente da Associação Portuguesa de Pais e Amigos do Cidadão Deficiente Mental (APPACDM) da Covilhã desde a fundação da instituição, António Marques, de 66 anos, renunciou ao mandato, por motivos de saúde. A restante equipa tomou a mesma decisão, para que pudesse haver eleições antecipadas, marcadas para dia 7 de junho, e a atual vice-presidente, Sandra Fortuna, lidera a lista candidata.

António Marques, que estava a meio do sexto mandato, encabeça a lista à assembleia geral e Ricardo Rodrigues ao conselho fiscal.

Presidente da instituição há 16 anos, António Marques esteve na origem da sua criação, desde os primeiros contactos à assinatura da escritura de constituição, em 2006, e à abertura das primeiras instalações, em 2007, no antigo edifício da PSP, com 11 utentes e “meia dúzia de colaboradores”.

“Hoje a APPACDM da Covilhã tem uma equipa de excelência, mais de 40 colaboradores e três valências: Centro de Atividades Ocupacionais com 60 pessoas, Lar Residencial com 24 camas e residência autónoma com cinco vagas, completamente esgotado”, sintetizou António Marques.

Para o responsável, a sua principal realização foi a entrada em funcionamento do atual edifício, com as três valências, em 2016, “pelas portas que abriu” e “permitir dar uma resposta que não existia” às famílias e às pessoas com deficiência intelectual.

“Permitiu dar resposta aos anseios das famílias e dar-lhes uma resposta técnica que é considerada de excelência”, salientou António Marques, segundo o qual são necessárias mais camas na área da deficiência, com uma longa lista de espera e com pedidos diários de todo o país.

Segundo o presidente, existe a possibilidade de fazer uma ampliação das instalações, mas para isso é necessário aprovar o projeto e aguardar que haja um programa a que possa ser candidatado, porque a instituição, a pagar o atual edifício, “não tem fundos próprios”.

António Marques sublinhou que a prioridade foi “diversificar ao máximo as atividades no exterior” e criar condições para que os utentes “ultrapassem os limites que lhes são propostos”, assim como “ter uma atitude inclusiva”, despertar a sociedade para a integração e derrubar estigmas, ao mesmo tempo que se “mostram novos objetivos, novos horizontes”.

“A capacidade de se superarem é também uma das nossas funções, que é motivá-los e dar-lhes a possibilidade e a oportunidade de o tentar”, reforçou o fundador da APPACDM da Covilhã.

António Marques salientou que a instituição precisaria de muito mais para dar resposta às solicitações e espera que no futuro haja condições para aumentar as vagas.

De saída da direção por imperativos de saúde, o presidente disse estar confiante na equipa que se candidata à liderança.

“São profissionais competentes e penso que poderão certamente, é o meu desejo, elevar ainda a patamares mais altos a excelência dos serviços que nós hoje prestamos e, acima de tudo, zelar pela sustentabilidade e futuro da associação”, acrescentou António Marques.

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