Os irmãos Faleiro, uma metedeira de fios, Pêro da Covilhã, Rodrigo de Castro, D. Dinis, um industrial dos lanifícios, um ardina ou estudantes da Universidade da Beira Interior são algumas das personagens que interagem e interpelam os utilizadores da aplicação para utilização no telemóvel Covilha AR, que recorre à realidade aumentada para dar a conhecer figuras históricas, locais e curiosidades do Centro Histórico da Covilhã.
A Rota Portas do Sol: À Descoberta do Centro Histórico, apresentada na quinta-feira, 9, está disponível em português, espanhol e inglês, é de utilização gratuita e é também possível aos visitantes tirarem fotografias junto das figuras virtuais que vão surgindo nos 35 pontos distribuídos pelo circuito, entre o Largo do Calvário e o Pelourinho.
Para ouvir as histórias e personagens, basta seguir as indicações da app, disponível na Play Store, colocar-se junto aos pés marcados junto a cada um desses locais e apontar o telemóvel.
A aplicação funciona com recurso a coordenadas de georreferenciação, faz uso da animação, imagens a três dimensões, vídeo, filmagens em 360 graus ou momentos musicais para transportar para o presente o passado da cidade.
Segundo a vereadora com o pelouro da Cultura, Regina Gouveia, o projeto tem uma componente “lúdica, didática e educativa”. A autarca salientou a autonomia proporcionada a quem quer conhecer desta forma o centro histórico da cidade e a preocupação que existiu em “conciliar o rigor científico a experiências ligadas a pessoas, cantos e recantos”.
“[A Rota Portas do Sol] está acessível todo o ano, a qualquer hora do dia, sem necessidade de guia e pode-se conhecer numa rota património material e imaterial”, acentuou Regina Gouveia.
Para o vice-presidente, Serra dos Reis, a aplicação multimédia é mais uma forma de fazer com que “o turismo, além da qualidade que tem, crie produto”, para que os turistas permaneçam mais dias no território.
O vereador com o pelouro do Turismo, José Miguel Oliveira, destacou a “estratégia de valorização de produtos turísticos” do concelho e a importância de “criar produto, oferta, interesse”.
Carlos Abade, presidente do Turismo de Portugal, reforçou a ideia de acrescentar aos valores identitários esta ferramenta, de recorrer à história da Covilhã, “interpretá-la e apresentá-la de uma forma vendável”. “É mais um instrumento que permite conhecer melhor a Covilhã, mas também permite que a Covilhã se torne mais atrativa”, vincou Carlos Abade.
O projeto representa um investimento de cerca de 200 mil euros, com uma comparticipação de 70% do programa Valorizar, do Turismo de Portugal.