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Armários da rede elétrica viram telas para alunos

Pinturas vão ser alusivas aos lanifícios

Em maio, dez armários da rede elétrica em cinco ruas do centro da Covilhã e um posto de transformação vão ser pintados por alunos de escolas da Covilhã com motivos que remetem para a história dos lanifícios, como os padrões que recriam o debuxo.

O projeto, que envolve estudantes das Escolas Secundárias Campos Melo, Frei Heitor Pinto e Quinta das Palmeiras foi candidatado ao programa “Dar energia à cultura”, da E-Redes, que atribui um financiamento de 4.775 euros, entre material e apoio logístico.

Numa primeira fase, os alunos vão visitar fábricas, para procurarem “inspiração de base”, sublinhou a vereadora com o pelouro da Cultura, Regina Gouveia, durante a apresentação da iniciativa, na sexta-feira, 2. E se em fevereiro e março vão ser preparados os objetivos da intervenção, para abril estão previstas residências artísticas, com um ou mais artistas que façam uma curadoria “que acrescente valor”, e de onde saiam propostas, em maio as ideias começam a ser executadas.

A vereadora destacou a importância de desafiar os mais jovens, porque “através dos alunos chega-se a outros segmentos” da população.

Regina Gouveia pretende que as pinturas tenham “impacto e o envolvimento da comunidade”. A escolha do tema deveu-se à história da indústria têxtil do concelho da Covilhã e à intenção de integrar a iniciativa no âmbito Covilhã Cidade Criativa da UNESCO (Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura) na área do design.

A autarca frisou que antes de ter o selo Cidade do Design, a Covilhã “já era uma cidade criativa”, dando como exemplo o debuxo, os padrões desenhados no tecido, que “tem uma relevância na identidade cultural” do concelho e, segundo Regina Gouveia, “não tem apenas que ver com passado, com história, mas também tem que ver com a nossa visão para o futuro”, destacou.

“O debuxo é um elemento, uma forma de design que é passível de uma identificação muito fácil por parte da comunidade. Todos conseguem relacionar o debuxo com o tecido”, referiu Regina Gouveia.

Segundo os representantes das escolas, em todas as fases do processo vão estar envolvidos no projeto cerca de 500 alunos.

Isabel Fael, da Escola Campos Melo, considerou ser uma forma de os estudantes poderem “alargar os seus horizontes”, de poderem “intervir no espaço público e poderem conhecer melhor a sua história”.

Marco Santos, da Escola Frei Heitor Pinto, frisou ser uma ocasião para que os alunos “se sintam parte da cidade e ajudem a embelezar a cidade”.

Maria Afonso, representante da Escola Quinta das Palmeiras, responsável pela intervenção no posto de transformação, salientou ser “uma mais-valia envolver os alunos”, adiantou que a escola já trabalha o tema, está a fazer o levantamento do património da cidade e manifestou a importância de “ligar o património industrial à criatividade”.

Os dez armários de energia elétrica estão espalhados pela Rua Rui Faleiro, Rua Visconde da Coriscada, Rua Direita, Rua Capitão Alves Roçadas e Rua António Augusto D`Aguiar.

Na última reunião pública do executivo, onde o assunto foi abordado, a intervenção foi elogiada pela oposição, pelo envolvimento da comunidade e por mudar a imagem dos armários espalhados pela cidade. “Vão passar a ter uma nova imagem, um novo brilho”, salientou o vereador da coligação CDS/PSD/IL, Pedro Farromba, que felicitou Regina Gouveia pela implementação do projeto na Covilhã.

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