São seis dias, entre 1 e 6 de agosto, que o Cale & SangriAgosto – Festival de Rua do Fundão, apresenta uma amostra diversificada de artes em múltiplos locais da zona antiga da cidade, num total de 15 espetáculos que passam pela dança e malabares, dança vertical, circo contemporâneo, uma instalação participativa de realidade virtual, música e circo, teatro físico, dança e concertos de Fado Bicha, dia 3, e de Cláudia Pascoal, dia 6.
O presidente da Câmara do Fundão, Paulo Fernandes, destaca a “simbiose” na programação entre espetáculos de cariz mais popular e as indústrias criativas, “a essência” do evento, num cartaz desenhado para que o maior número de pessoas “se sinta representada” e encontre uma oferta com que se identifique, naquela que é a maior festa da cidade quanto “à participação e envolvimento popular” e uma referência no calendário de eventos do município.
A iniciativa, que se realiza há 14 anos, é promovida em parceria com a Associação Comercial e Industrial do Concelho do Fundão (ACIF), a União de Freguesias, entidades mais focadas em dinamizar a vertente popular da festa, concentrada no Largo da Igreja Matriz.
Um dos destaques é o espetáculo de dança vertical que decorre dia 2 na parede do Cine Teatro Gardunha, às 21:30. Os espetáculos que envolvem mais recursos realizam-se na Praça Amália Rodrigues. No dia 1, às 21:30, há uma apresentação com palhaços e mais tarde malabares e dança na Praça do Município, embora também decorram iniciativas na Praça Velha, Largo do Calvário, Mercado, Jardim do Antigo Colégio de Santo António e haja animação itinerante.
Todos os dias há ‘workshops’ e no dia 4 é promovido, pelo segundo ano, na Rua da Cale, o Dia do Vizinho, “um dia multicultural”, acentuou Paulo Fernandes.
“Este é um festival com uma oferta muito diferenciada e intergeracional. É o maior evento na perspetiva da comunidade e um ponto de encontro dos fundanenses de sempre e dos novos fundanenses”, referiu o presidente da autarquia.
O presidente da ACIF, Jorge Gaspar, frisou a importância da proximidade entre entidades para o sucesso do evento, que considerou “essencial para a dinamização do comércio na zona histórica”, para “valorizar as empresas” e adiantou que vão estar presentes quatro freguesias com produtos típicos.
Silvares vai servir maranho, Alpedrinha doces e salgados do concelho, Souto da Casa feijão no forno e a Soalheira queijo da freguesia.
O presidente da União de Freguesias, Malícia Trindade, destacou o caráter “diferenciador” do festival, o papel no “reencontro de gerações”, referiu como gosta de ver durante esses dias “as ruas do Fundão, neste período, cheias de gente” e considerou que se está “no caminho certo” com o modelo seguido.
O festival tem um orçamento de 65 mil euros, adiantou Paulo Fernandes.