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Artesanato, design e outras artes na Covilhã

Feira Internacional de Artesanato, Design e outras Artes decorre este fim de semana

Divulgar e preservar o artesanato, “colocando o design e a inovação na sua conceção”. É este, em suma, segundo a vereadora com o pelouro da cultura na Câmara da Covilhã, Regina Gouveia, o grande objetivo da terceira edição da Feira Internacional de Artesanato, Design e outras Artes (FIADA), promovida pela Câmara da Covilhã, que se inicia amanhã, quinta-feira, 5, e prolonga até domingo, tendo como cenário principal, o Jardim das Artes.

O certame, organizado pela Câmara da Covilhã no âmbito da Cidade Criativa da UNESCO EM design, tem a presença confirmada de 40 artesãos selecionados entre 130 candidaturas, de norte a sul do país, mais dois em representação de cidades criativas do artesanato, que mostrarão o que de melhor têm no campo das artes, artesanato e design. O objetivo, diz a autarca, é também promover a comercialização.

Além destes estarão ainda stands institucionais para entidades como a UBI, IEFP, New Hand Lab, entre outros. Castanheira de Pêra, presente desde a primeira edição, volta a marcar presença na Covilhã como cidade convidada.

Ao longo de quatro dias, haverá oportunidade para ver exposições, participar em oficinas, quer de seniores, quer para crianças, tocando em temas como o têxtil, a olaria, o xisto, o adufe, entre outros.

Amanhã, às 16 horas, na Biblioteca Municipal, é aberta a exposição “Pegada Transumante”, seguindo-se a inauguração da instalação artística “Equilíbrio da Vida”, criada por Luís da Cruz, e composta por esqueletos de sete colchões de molas, suspensos a mais de dez metros de altura. Já o recinto da FIADA, no Jardim das Artes, Já o recinto da FIADA abre portas uma hora depois, às 17 horas, com as apresentações da instalação artística do “Projeto Matérias”, da exposição “O Fio do Barro” (resultado da residência artística orientada por Patrícia Oliveira), do “Espaço Covilhã, Cidade do Design”, com curadoria de Fátima Nina e Luís da Cruz e com o espetáculo etnográfico “Canto(s) da Terra”, das Adufeiras da Casa do Povo do Paul.

O evento também tem lugar para os mais novos, com a já popular “FIADA por Miúdos” (todos os dias, às 19:00), que acolherá todas crianças que desejem participar sem necessidade de inscrição e que vai focar-se na valorização do património tradicional junto das novas gerações, com as oficinas a serem asseguradas por Sónia Silva da Casa do Saber Fazer (Sobral de São Miguel), por Nathalie Rodrigues e Leonor Narciso do ETNOlab/Casa do Povo do Paul e pela Biblioteca Municipal e Espaço C3D.

Em termos musicais, o nome mais sonante da feira é Buba Espinho. O cantor natural de Beja, que cruza também o cante alentejano com outras sonoridades, atua no próximo dia sábado, 7, no Jardim das Artes, pelas 22:30, num concerto de entrada livre, tal como todos os outros. Amanhã, quinta-feira, 5, são os Manta D’Ourelos, do concelho da Covilhã, que animam a festa, na sexta-feira, 6, o cantor covilhanense João Gonçalves, e no domingo, 8, é Diana Lima, jovem cantora que se deu a conhecer no The Voice, quem fecha os concertos.

A presença internacional da FIADA será assegurada pelos municípios espanhóis de Cáceres e Badajoz, que integram o projeto RESOTEX, no qual a Covilhã está envolvida, de três milhões de euros para o desenvolvimento económico e sustentável do sector têxtil.

Durante a FIADA, será atribuído, por um júri composto por dois designers, e quatro entidades (Câmara, Icovi e AECBP, que se associam ao certame, além do IEFP), o prémio para a melhor peça de artesanato “ancorada” à identidade do território, e um novo prémio, criado este ano, para a melhor peça de artesanato a inovar pelo design.  “A FIADA não é uma feira, mas sim um projeto integrado e transversal” salienta Regina Gouveia.

A FIADA tem um orçamento de cerca de 60 mil euros.

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