Procurar
Close this search box.

Assim não dá

Serranos estiveram a vencer por 0-2, numa boa primeira parte, mas voltaram a cometer erros infantis que retiraram a hipótese de vencer pela primeira vez na fase de promoção

É quase como “chover no molhado”. Nos últimos jogos, boas exibições, vantagem inicial no marcador e erros individuais, por vezes, infantis, que retiram qualquer hipótese de vencer. Foi assim mais uma vez no domingo para o Sporting da Covilhã que, em Lourosa, frente ao Lusitânica (que dominou a seu bel-prazer a primeira volta da fase de promoção), esteve a vencer por 0-2, mas deixou, mais uma vez, que o adversário chegasse ao empate num jogo em que, diga-se, os serranos desperdiçaram claramente a hipótese de chegar à primeira vitória desta fase de promoção da Liga 3.

Com apenas seis jogos ainda para jogar, antes de domingo, nesta 9ª jornada o Covilhã tinha que, obrigatoriamente, vencer para acalentar ainda o sonho (que já quase nem isso é) de se intrometer, pelo menos, na chegada ao terceiro lugar (de play-off), e assim ainda poder pensar em subir. Frente a uma equipa que andou na frente do campeonato até à passada semana (caiu agora para terceiro), Francisco Chaló quase repetiu a “dose” da semana anterior, apostando em jogadores experientes como Tiago Moreira, Traquina e Gilberto, uma defesa a quatro, com dois centrais, Casagrande e Nuno Tomás, e, na frente, desta vez, surgiu Elijah. O Covilhã entrou em campo personalizado, sem dar grandes veleidades ao seu adversário, com estádio quase cheio, e marcou cedo. Aos 13 minutos, canto na direita do ataque, batido por Gilberto, com a bola a sobrevoar a área toda e, ao segundo poste, Tiago Moreira, a rematar de primeira, para o fundo das redes, com a bola ainda a embater no guardião José Costa, que não teve hipóteses de reagir.

Em vantagem, os serranos raramente deram hipótese à equipa nortenha de “crescer” na partida e, num lance sem nenhuma construção, acabaram por ampliar a vantagem. Uma bola jogada direta para a defesa covilhanense, aos 34 minutos, com Tiago Moreira a ganhar de cabeça e a lançar, na direita, Elijah, que em força e velocidade entrou na área, fletiu para dentro e, de pé esquerdo, enviou a bola em arco para o fundo da baliza do Lourosa, num grande golo, sem hipóteses para José Costa.

Com o jogo completamente controlado, parecia que os leões da serra levariam para o intervalo uma confortável vantagem pois os da casa nem sequer chegavam à área serrana. Só que, mais uma vez, um erro individual acabou por penalizar o leão. Aos 44 minutos, os da casa ganharam um lançamento de linha lateral, pela direita, a bola foi cruzada para a área do Covilhã, com Makaridze, a dar a sensação de que tinha o lance controlado, a “deixar-se dormir” e a permitir a antecipação de Zakpa, que de cabeça, meteu a redondinha no fundo das redes, apesar dos protestos do guardião georgiano sobre uma suposta falta que, em abono da verdade, não existiu, e o árbitro da partida, João Mendes, não atendeu.

Após o intervalo, o técnico da casa, Jorge Pinto, insatisfeito, fez três substituições de uma assentada: saíram Tiago Mesquita, Sérgio Ribeiro e Diogo Pereira, entraram Miguel Pereira, Nuninho e Rúben Gonçalves. O Lourosa melhorou, veio mais acutilante, mais pressionante, e depois de Zakpa, aos 52 minutos, ter ameaçado o empate, num cabeceamento que passou ao lado da baliza covilhanense, aos 59 empatou mesmo, após cruzamento bem medido da direita por parte de Rúben Gonçalves, com Zakpa a antecipar-se a Casagrande e a cabecear certeiro. A equipa da casa “cresceu”, balanceou-se para a frente, e, o Covilhã, apostando sobretudo no contra-ataque, teve várias oportunidades para voltar a ser feliz.

Aos 67, na sequência de um canto, apontado por Traquina, por duas vezes, o Covilhã esteve perto do golo. Primeiro, num cabeceamento de Casagrande que José Costa defendeu por instinto, e no mesmo lance, num remate de Diogo Ferreira (que entrara para o lugar do lesionado Elijah), já na pequena área, salvo em cima da linha de baliza.

O jogo “partiu” e, aí, o Covilhã voltou a ser ameaçador. Aos 85, Chico Cardoso, após transição rápida, em boa posição, atirou para defesa segura de José Costa; aos 86, remate à figura de Zé Tiago; e aos 87, a defesa da tarde do guardião da casa, após remate forte, fora da área, de José Pereira. Aos 89, a vez de Makaridze defender, com segurança, um último remate dos nortenhos, e já nos descontos, a última oportunidade de golo, num remate de Bruno Figueiredo que passou a centímetros do poste esquerdo da baliza do Lourosa.

Um empate que, com cinco jornadas por disputar, e onze pontos de distância aos lugares de subida, afasta praticamente o Sporting da Covilhã de uma hipotética subida, enquanto mantém o Lusitânia de Lourosa na luta pela promoção, a par de equipas como o Alverca, Braga B, Felgueiras e Académica.

Na próxima jornada, o Covilhã joga sábado, às 11 horas, no Santos Pinto, frente ao segundo, Braga B.

VER MAIS

EDIÇÕES IMPRESSAS

PONTOS
DE DISTRIBUIÇÃO

Copyright © 2024 Notícias da Covilhã