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Assistentes operacionais em greve

Trabalhadores pedem que decreto que atualiza a carreira seja cumprido e administração diz que está a calcular quantos desses profissionais são necessários nos serviços

Regularizar a carreira. Foi essa a reivindicação dos assistentes operacionais (AO) da Unidade Local de Saúde Cova da Beira (ULSCB) que se manifestaram na tarde de segunda-feira, 25, em frente ao Hospital da Covilhã, por a sua categoria profissional não ter sido ainda atualizada e prometem aumentar as formas de pressão, enquanto a administração informa que está a tratar dos procedimentos.

Os profissionais do setor fizeram uma greve de duas horas, entre as 15:00 e as 17:00, por o seu recibo de vencimento não ter refletido a alteração e por não ter sido divulgada a lista com os nomes dos trabalhadores que passam a integrar a carreira de técnico auxiliar de saúde (TAS).

Segundo a responsável do Sindicato dos Trabalhadores em Funções Públicas e Sociais do Sul e Regiões Autónomas Cristina Hipólito o decreto foi publicado em 22 de dezembro do ano passado e a elaboração das listas nominativas de transição para a carreira especial deviam ter sido conhecidas até 15 de janeiro, o que não se verificou, referiu.

Cristina Hipólito lamentou a situação “de incumprimento” e a ausência de qualquer resposta por parte do conselho de administração ao pedido de esclarecimento, quer dos trabalhadores, quer da estrutura sindical, relatou.

“Há prazos que não foram cumpridos”, salientou a sindicalista, que classificou a situação como “bizarra” e frisou que “não é normal” este procedimento.

De acordo com a dirigente sindical, existe um guia para a aplicação do decreto que obrigava a que fosse divulgado o nome dos trabalhadores “com a posição detida” e com a indicação da “posição remuneratória para que passam”.

“Alguma coisa está a empatar isto tudo, não sabemos o quê e os trabalhadores estão revoltados”, destacou Cristina Hipólito.

A ULSCB adiantou ao NC que foi enviado para todos os serviços o catálogo de funções constantes na nova carreira, para que sejam identificadas as funções atualmente exercidas pelos atuais AO e que possam deixar de ser executadas pelos TAS.

“Encontramo-nos, neste momento, a efetuar uma listagem com as funções que deixarão de ser exercidas para calcular quantos TAS e quantos AO serão necessários nos serviços, para que nenhuma função possa ser descontinuada, em prejuízo do funcionamento dos serviços”, respondeu a ULS.

A sindicalista disse que na ULS Cova da Beira estão cerca de 300 pessoas nesta situação.

Cristina Hipólito vincou que “a dignificação da profissão é uma luta de há muitos anos”, que passa pelo reconhecimento das tarefas específicas desempenhadas.

“A carreira de técnico auxiliar de saúde veio repor justiça pelas tarefas que os trabalhadores desempenham, que estão relacionadas com o contato com os doentes, com os utentes, que são tarefas não só de higiene, como de alimentação, acompanhamento a exames e outras”, reforçou.

À função também corresponde uma atualização salarial, que depende da antiguidade do trabalhador e pode passar dos 861 euros para 922 euros ou de 922 euros para 961, exemplificou a representante sindical.

A sindicalista comentou não serem “grande diferenças”, mas argumentou que fazem diferença no final do mês, e é devido.

Cristina Hipólito sustentou que “o decreto era claro, tinha prazos”, e censurou não ter obtido resposta da ULS Cova da Beira nem ter qualquer indicação de quando a situação será regularizada.

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