Depois de no início de dezembro as cinco entidades no concelho que gerem equipas de sapadores florestais se terem queixado que a Câmara da Covilhã não estava a cumprir o protocolo assinado em junho, de apoiar com 12 mil euros cada uma, na Assembleia Municipal de dia 18 o presidente da Junta de Freguesia de Cortes do Meio reforçou essa preocupação e questionou o executivo sobre quando será feito o pagamento.

Jorge Viegas mencionou um problema de “natureza jurídico-financeira” alegado pelos serviços para o incumprimento, fez referência às dificuldades que esse atraso comporta e questionou o presidente, Vítor Pereira, sobre o assunto, mas não foi apontada uma data para a regularização do pagamento, 72 mil euros no total.

A Queiró, com duas equipas, a Comunidade Local do Baldio da Freguesia de Cortes do Meio, o Agrupamento de Baldios Estrela-Sul, o Conselho Diretivo dos Baldios da Erada e a Assembleia de Compartes da Povoação da Atalaia da Freguesia do Teixoso são as entidades que aguardam o pagamento.

Jorge Viegas também manifestou descontentamento por o município ainda não ter transferido para a freguesia os 40 mil euros relativos a parques infantis e 12 mil euros da Rota das Pontes, já inaugurada. “Se a câmara já sabia que não podia pagar uma despesa já realizada, o que é que os senhores, em reunião de câmara, andaram todos a fazer?”, questionou o edil. “O que lamento é que aos presidentes de junta tenham de vir à câmara com uma cesta na mão a pedir”, acrescentou.

O autarca transmitiu a Vítor Pereira que a Junta de Freguesia tem projetado e orçamentado o Complexo da Bouça e, se o município “não pode fazer estas compensações às juntas de freguesia”, referindo-se aos valores por transferir, cerca de 50 mil euros, pediu ao presidente da Câmara Municipal que faça um protocolo, para que a edilidade de Cortes do Meio possa avançar com a empreitada este ano. Vítor Pereira acusou Jorge Viegas de estar a “ser injusto”.