Autarca diz que sem imigrantes o concelho do Fundão perderia economia

Taxa de desemprego mantém-se “muito baixa”

Sem os imigrantes no concelho, várias empresam teriam de fechar e a economia local seria afetada, alertou o presidente da Câmara do Fundão, Paulo Fernandes, município onde residem pessoas de 78 nacionalidades.

“Provavelmente iríamos ter muito maior desemprego se os nossos migrantes saíssem, porque isso significava que algumas das empresas fechavam, que alguns dos nossos restaurantes fechavam, que algumas das nossas respostas para tratar os nossos idosos fechavam, que a construção civil parava”, ilustrou Paulo Fernandes.

Segundo Paulo Fernandes, “as pessoas ficam, querem ficar aqui a trabalhar e é possível ter as suas famílias, uma grande vantagem no processo de inclusão, porque acelera o processo e reduz riscos”.

O presidente adiantou que os imigrantes no concelho estão a responder às necessidades de trabalho, nomeadamente na restauração e turismo, na construção civil, na agricultura, nas instituições que cuidam de idosos ou na indústria.

Atualmente estão registados na Agência para a Integração, Migrações e Asilo (AIMA) duas mil pessoas, mas, anualmente, esse número pode duplicar, com os trabalhadores sazonais que passam pelo concelho.

O presidente da Câmara do Fundão frisou que “quem vem, vem criar emprego para outros, porque, se não viessem, as empresas não eram sustentáveis”.

A taxa de desemprego no Fundão é de 6,3% e Paulo Fernandes vincou a importância da imigração para a economia local.

“Se não houvesse migrações, a probabilidade de nós termos, de facto, uma taxa de desemprego muito maior, era quase certa”, acrescentou o autarca fundanense.

O edil destacou a importância dos migrantes para o funcionamento da economia no concelho do Fundão, onde existe um Centro para as Migrações e políticas de integração socioprofissional.

“Nós temos uma grande capacidade de inserção socioprofissional dos migrantes que têm vindo e a taxa de desemprego mantém-se historicamente muito baixa. Se não tivéssemos os migrantes, estávamos a perder economia”, acentuou Paulo Fernandes.

O autarca acrescentou que a taxa de retenção de imigrantes no concelho é superior a 70% e que a taxa de desemprego se tem mantido baixa.

Segundo Paulo Fernandes, outro dado relevante é que, mesmo para grupos vulneráveis, a autonomização é feita em média em menos de um ano, um número muito inferior a outros espaços europeus.

 

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