Procurar
Close this search box.

Autarca garante que chumbo do orçamento não o vai parar em Manteigas

Voto de qualidade do presidente da mesa fez a diferença. Flávio Massano fala em estratégia de “ofensa e ódio”. Oposição lamenta baixas taxas de execução dos anos anteriores

O presidente da Câmara de Manteigas, o independente Flávio Massano, garante que “não é um chumbo que nos vai parar”. Uma certeza deixada na sua página pessoal, nas redes sociais, depois Assembleia Municipal ter chumbado, no passado dia 20 de dezembro, as grandes opções do Plano e Orçamento da autarquia para 2025, na ordem dos 20 milhões de euros.

Depois de, numa primeira votação, se ter registado um empate, acabou por ser o voto de qualidade do presidente da mesa, José Manuel Cardoso (PSD) a fazer a diferença. Inicialmente, dois deputados do PS e cinco do PSD votaram contra, seis do movimento Manteigas 2030 (que governa a Câmara) e um do Nós, Cidadãos, a favor, e as cinco abstenções chegaram de quatro deputados do PS e um do PSD. Na segunda votação, o sentido de voto não mudou, e José Manuel Cardoso confirmou a reprovação do documento. “Dos pareceres que recebi entendo não haver explicação para mudar o meu sentido de voto, por isso voto contra”, justificou.

Durante a discussão do orçamento, a baixa taxa de execução da autarquia nos últimos anos acabou por ser a principal crítica apontada a Flávio Massano. Numa sessão que teve momentos mais “quentes” entre autarca e deputados do PSD, estes, pela voz de Nuno Gonçalves (presidente da Junta de Freguesia de Vale de Amoreira) lamentaram a falta de uma “definição clara de prioridades”, a “inação e reduzida execução” do executivo, e disseram que agora todas as ações passaram a ser prioritárias, em ano de eleições autárquicas.  Nuno Gonçalves criticou o aumento “exponencial” da despesa corrente, “nomeadamente com a aquisição de bens e serviços, da ordem dos 2,8 milhões de euros, e com o pessoal, também de 2,8 milhões de euros”. Também pelo PSD, a deputada municipal Sara Ferreira destacou que o orçamento para 2025 é “excecional em termos de receita, pela conjugação de diversos fatores que são irrepetíveis no futuro”, nomeadamente cerca de seis milhões de euros de fundos comunitários e um saldo de gerência de cinco milhões de euros. Contudo, lamentou, a câmara preferiu, nos últimos três anos, investir “em propaganda, conversa, ideias, diversão e aparências”.

Pelo PS, o deputado António Manuel Carvalho recordou que este foi o executivo com mais recursos de sempre, quer financeiros, quer humanos, mas disse que o município não está melhor que há um ano atrás.

Pelo movimento Manteigas 2030, Filipa Registo garantiu que o documento refletias as necessidades da população, a vontade de “fazer mais e melhor” pelos manteiguenses. Os independentes consideram que é difícil discordar das grandes obras que são benéficas para o concelho.

Flávio Massano lamentou que a estratégia da oposição passe pela “ofensa e ódio” e diz que “vencer pela exaustão é a vossa estratégia nesta Assembleia Municipal. Duvido muito que queiram respostas, querem denegrir, não querem fazer democracia”. O autarca recordou que o documento tem muitas das obras ansiadas por Manteigas há muitos anos, como uma escola nova, mais habitação, a reabertura da estrada 338, a obra de requalificação do centro da vila ou o novo quartel dos bombeiros. “Como poderá alguém dizer não a tudo isto, votando contra”, questionou.

VER MAIS

EDIÇÕES IMPRESSAS

PONTOS
DE DISTRIBUIÇÃO

Copyright © 2024 Notícias da Covilhã