O presidente da Câmara de Penamacor, António Luís Beites, diz estar de “consciência tranquila” depois de, na semana passada, o Ministério Público (MP) o ter acusado, a si e ao seu vice-presidente, de “recebimento indevido de vantagem” por terem participado numa viagem à Turquia que foi paga por uma empresa.
Na reunião do executivo, na semana passada, Beites disse que “com toda a naturalidade, estamos com toda a liberdade para colaborar com a justiça, mas nesta fase do campeonato, são questões dirigidas pelo advogado. Mas quando temos a consciência tranquila, porque é que não se há-de estar tranquilo onde está” pergunta.
Na acusação a que a agência Lusa teve acesso, o MP também pede perda de mandato para António Luís Beites e para Manuel Joaquim Robalo, respectivamente, o presidente e vice-presidente da Câmara de Penamacor. Os factos imputados aos dois autarcas eleitos pelo PS remontam a Abril de 2015, altura em que António Luís Beites e Manuel Joaquim Robalo fizeram uma viagem à Turquia, promovida por uma empresa e na qual também participaram outros autarcas e representantes de comunidades intermunicipais. Segundo a acusação, a viagem decorreu entre os dias 18 e 21 de Abril e as despesas de todos os participantes foram integralmente suportadas pela empresa “Ano – Sistemas de Informação e Serviços”, que pretenderia convencer os autarcas a comprarem as respectivas soluções informáticas. De acordo com os dados apontados, a viagem teve um custo total de 35 mil euros, pelo que o “recebimento indevido de vantagem” que terá beneficiado os dois autarcas de Penamacor cifrou-se no valor de 885 euros cada.
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