Autarca realça saúde financeira da Câmara para investir

António Beites garante que há conforto para olhar para o futuro do concelho

A Assembleia Municipal de Penamacor aprovou na passada terça-feira, 29 de abril, à noite (já após o fecho da edição do NC), por maioria, a conta de gerência da autarquia relativa a 2024, com os votos contra do grupo municipal “Abraçar Penamacor”.

A autarquia terminou 2024 com um exercício que revelou um resultado líquido superior a dois milhões de euros, segundo o presidente da Câmara, António Luís Beites. Que acrescenta que no ano passado a Câmara teve a maior execução global de sempre, na ordem dos 65 por cento, tem hoje uma grande condição de tesouraria, com mais de três milhões de euros, e um passivo que se reduz a cerca de 600 mil euros, relativos a um financiamento feito para as obras de requalificação do Teatro Clube de Penamacor. “São contas totalmente confortáveis, para se olhar claramente para o futuro, com uma perspetiva de capacitar a autarquia para bastante investimento”, afirma António Beites, em declarações à Lusa.

Segundo o autarca, há um conjunto muito extenso de projetos executados e um conjunto muito significativo de empreitadas lançadas, as quais diz estar preparado a suportar, além dos financiamentos comunitários. “Temos essa capacidade de tesouraria que permite à autarquia alavancar todos estes tipos de investimentos que se pretendem executar”, acrescenta. António Beites destaca a preocupação em melhorar a vida dos munícipes, os investimentos nas freguesias e a aposta no reforço da centralidade da vila de Penamacor, reforçando o eixo estratégico central na sede de concelho através de um conjunto de obras concluídas em 2024.  O Teatro Clube de Penamacor está pronto para ser inaugurado “depois de 18 de maio”.

Contudo, durante a assembleia estes dados não convenceram os deputados da oposição, que dizem que o concelho “estagnou”, com promessas que se repetiram e realizações por cumprir, segundo Rogério Cruz, do grupo Abraçar Penamacor. O deputado diz que o mandato se caracterizou por uma baixa taxa de execução e falta de investimentos estruturais.  “Os orçamentos foram ambiciosos na previsão”, mas “frustrantes na execução”, disse.

Opinião diferente teve a bancada do PS, que pela voz de Álvaro Leitão elogiou a performance financeira da Câmara e a obra feita, tanto na vila como nas freguesias. “Só não vê quem não quer” disse o deputado socialista, que recordou que o executivo herdou uma dívida de cerca de dois milhões à Águas do Zêzere e Côa, que conseguiu saldar, equilibrou as contas e ainda fez obra.

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