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Autarca rejeita críticas à intervenção feita em Centum Cellas

Obras de requalificação do monumento e novo centro interpretativo inauguradas amanhã

“Não gostas da Torre? Preferias que caísse? És um estudioso”. Foi assim que na passada quinta-feira, 18, durante a reunião pública do executivo, o presidente da Câmara de Belmonte, António Dias Rocha, respondeu ao vereador do PSD, José Mariano, que criticou a intervenção feita na Torre de Centum Cellas, que foi objeto de obras de consolidação e preservação, que custaram cerca de 800 mil euros, comparticipadas em 85 por cento por fundos comunitários.

“Fui ver e não gostei” disse Mariano, sobre uma obra que é inaugurada amanhã, sexta-feira, 26, às 16 horas, no âmbito das comemorações do Dia do Concelho. Com a presença do secretário de Estado do Turismo, Pedro Machado.

Ao lado da Torre “nasceu” também o novo Centro Interpretativo, que também é inaugurado amanhã e que terá conteúdos multimédia, bem como objetos encontrados nas diversas escavações ali realizadas, e que ajudarão a explicar o que foi este Monumento Nacional, sobre o qual recaem diversas teorias, mas poucas certezas.

António Dias Rocha garante que na consolidação da Torre estiveram “os técnicos mais qualificados nesta área, do país” e duvida que pudesse haver outro tipo de intervenção melhor do que a que foi feita. “O que haveria de ser se a Torre de Centum Cellas caísse” ironizou, face ao estado em que estava, com o risco de diversas pedras de grande dimensão caírem.

Carlos Afonso, vereador da CDU, por seu lado, diz ter gostado “muito” do trabalho feito. “E gosto, essencialmente, porque aquilo estava em perigo de ruir. Se não fosse feito o trabalho de fundo que foi feito, aquilo caía. Não queria, no século XXI, que um monumento que tem mais de dois mil anos, caísse” disse. O vereador lembrou ainda que o atual aspeto (torre mais clara) é normal face aos trabalhos realizados. “Evidentemente que as pedras foram lavadas. As pedras quando lá foram colocadas, há dois mil anos, tinham aquela cor. A Torre, com todos os defeitos, recuperou a traça original” afirma.

Dias Rocha já tinha revelado a sua satisfação com a recuperação do monumento. “Ficou muito bonita, sem risco de ter problemas” disse, lembrando o investimento avultado do município nesta intervenção. “Espero que seja muito visitado” deseja. O autarca garante que, com o trabalho feito na envolvente, hoje a Torre tem melhores condições de visitação do que tinha anteriormente.

A Torre de Centum Cellas tem suscitado as mais diversas teorias e originado variadas lendas. Uma das versões aponta que o monumento teria sido uma prisão com cem celas, daí derivando o nome Centum Cellas, onde teria estado cativo São Cornélio, razão pela qual também é conhecida pelo nome de Torre de São Cornélio. Há várias teses sobre o uso do monumento, desde templo, prisão ou albergaria, mas a sua história continua em estudo. Desde 2020, por delegação do Ministério da Cultura, a Câmara gere o espaço, no âmbito do processo de descentralização de competências.

Homenagens na sexta-feira

As festas do concelho já arrancaram na vila. Na sexta-feira, 26, de manhã, na sessão solene comemorativa, o município distingue três associações (Agrupamento de Escuteiros, União Desportiva de Belmonte e Associação de Juventude de Maçainhas), cinco personalidades (Antonieta Garcia, Manuela Carvalho, Mário Duarte, José Manuel Vieira e Manuel Cameira), e a vila de Caria, pelos seus 100 anos de existência. A Câmara irá ainda distinguir os melhores alunos do Agrupamento de Escolas (Prémio Pedro Álvares Cabral).

Em termos musicais, Nininho Vaz Maia é, este ano, o cabeça de cartaz, atuando no pavilhão gimnodesportivo no sábado, 27, à noite. Nesse dia atuam também Gooze House Band e o artista local, Virgílio Faleiro. A entrada custa cinco euros.

Esta quinta-feira o espetáculo é assegurado pelos TriVenção e DJ Seco, com ingresso a custar dois euros. Na sexta-feira, 26, o palco é ocupado por artistas como Tiago Silva, o brasileiro Marcos Val e o DJ Maximus. Três euros é o preço da entrada.  À venda estará também um bilhete geral de dez euros que dá acesso a todos os espetáculos musicais.

No dia 27 (sábado), de manhã, destaque para o Mercadinho Belmontino, que se realiza no Multiusos. No último dia (domingo, 28), estará presente pelas ruas da vila o Camião SIC do programa “Domingão.”

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