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Autarcas “sem coragem” de dizer o que pensam da CIM

“Alguns pensam isto, mas não têm coragem de o dizer em público”. Foi assim que na passada sexta-feira, 21, o presidente da Câmara da Covilhã, Vítor Pereira, respondeu ao vereador da oposição, Adolfo Mesquita Nunes (CDS/PP) sobre as declarações por si proferidas de que os municípios da Cova da Beira irão avaliar, no final do mandato, o seu posicionamento no seio da Comunidade Intermunicipal das Beiras e Serra da Estrela sendo que, pessoalmente, o autarca covilhanense preferia a “junção da Cova da Beira com a Beira Baixa”.

Recorde-se que, há cerca de um mês, Vítor Pereira adiantou que os autarcas de Covilhã, Belmonte e Fundão reuniram para conversar sobre o assunto e reflectir sobre possíveis geografias futuras. Vítor Pereira disse que no final do mandato se deve fazer uma avaliação do enquadramento dos três municípios na actual Comunidade Intermunicipal e serem tomadas decisões. “Até lá devemos estar de corpo e alma, contribuirmos para as boas soluções”, realçava. “Findo esse período fazermos essa avaliação. De forma desapaixonada, objectiva e isenta decidirmos o que devemos fazer relativamente ao futuro, até porque são possíveis outros desenhos geográficos para adequar as comunidades intermunicipais”, acrescentava o edil. A título particular, numa opinião que acentuava apenas o vincular a si próprio, Vítor Pereira considerava que o cenário preferível seria “a junção da Cova da Beira com a Beira Baixa”, sem mencionar se esse modelo incluiria ou não a CIMBSE. Primeiro há que fazer um balanço “e depois tomarmos as decisões que entendermos mais consentâneas com a defesa dos interesses das nossas populações”, vincava.

“Uma coisa é a minha opinião…”

Na sexta-feira, Adolfo Mesquita Nunes revelou a sua estranheza com as declarações do autarca e pediu esclarecimentos. “Essa hipótese tem que ser sustentada. Não pode ser uma conversa de café” disse o vereador do CDS. Vítor Pereira lembrou que não foi a primeira vez que falou do assunto, que desde o início do mandato se ficou de fazer uma avaliação no final do mesmo, e mostrou a sua discordância em relação ao modelo das Comunidades Intermunicipais. “Elas padecem de graves enfermidades. Têm reduzidos poderes, baixo grau de eficácia, e o próprio presidente deveria ser eleito, pois são funções muito absorventes. Temos que fazer uma avaliação. A Cova da Beira deve pensar onde quer estar” frisa.

(Notícia completa na edição papel)

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