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Autarquia anuncia instalação de fábrica de diamantes artificiais na Covilhã

Investimento global de 400 milhões de euros.

Um investimento de 400 milhões de euros, a instalação de 300 reatores e a criação de 150 postos de trabalho “altamente especializado” para criar na Covilhã, nos terrenos junto ao Centro de Dados, uma fábrica de produção de diamantes artificiais. O anúncio foi hoje feito pelo presidente da Câmara da Covilhã, Vítor Pereira, durante a reunião pública do executivo.

Segundo o autarca, trata-se de um empreendimento de capital indiano, a desenvolver em duas fases pela empresa Lightningplace. A primeira contempla um investimento de 96 milhões de euros, a criação de 40 postos de trabalho e a instalação de 72 reatores, o equipamento onde se produzem os diamantes de laboratório, cada um do tamanho de um frigorífico gigante, ilustrou Vítor Pereira.

Embora tenha ressalvado que os prazos não dependem do município, o autarca adiantou que esta primeira fase poderá avançar “mais rapidamente” e que as obras, “provavelmente”, podem começar no próximo ano, sendo que o restante empreendimento poderá estender-se “por mais três ou quatro anos”.

De acordo com o plano de investimento apresentado ao município, a intenção é, numa fase posterior, investir 400 milhões de euros numa unidade com 300 reatores e atingir os 150 postos de trabalho.

Na reunião pública de hoje da Câmara da Covilhã foi aprovada a minuta do protocolo entre a empresa e a Câmara da Covilhã, que prevê a venda de terrenos para o efeito nas imediações do Centro de Dados da Altice, junto ao antigo aeródromo, na zona baixa da cidade.

O contrato-promessa entre as duas partes prevê, para já, a venda de um terreno de 30 mil metros quadrados para o efeito, ao valor unitário de 10,22 euros o metro quadrado, num total de “quase meio milhão de euros”, acentuou o presidente do município, que acrescentou estar prevista a compra de mais área, caso venha a ser necessário.

Vítor Pereira salientou tratar-se de um investimento “de dimensão nacional” e adiantou que na Europa apenas existe uma unidade do género na Bélgica, com “tecnologia de ponta”.

“Estamos a falar de uma área tecnológica altamente diferenciadora, inovadora. Em toda a Europa, só na Bélgica existe um empreendimento desta natureza. Depois, também estamos a falar da criação de postos de trabalho altamente qualificados”, vincou o presidente da Câmara da Covilhã.

Vítor Pereira referiu que a sede vai ficar localizada na Covilhã e é no concelho que a empresa, já instalada no Parkurbis, onde está a desenvolver o projeto, vai pagar os seus impostos.

O presidente da autarquia referiu que hão de depois “surgir atividades a montante e a jusante desta atividade que hão de também criar unidades empresariais, emprego e gerar riqueza”.

Segundo Vítor Pereira, a empresa tem previsto um protocolo de colaboração com a Universidade da Beira Interior para o fornecimento de “mão de obra altamente qualificada, engenheiros que trabalhem estas máquinas” e com vista ao desenvolvimento de investigação que funcione como “um campo de experimentação”.

O edil fez referência a um Centro de Investigação Tecnológica no Parkurbis, que visa aprofundar técnicas e métodos produtivos”.

Quando estiver a laborar em pleno, o empreendimento de fabrico de diamantes artificiais prevê ter um volume de negócios de 300 milhões de euros anuais, mencionou Vítor Pereira.

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