A Câmara da Covilhã aprovou por maioria, na reunião privada de sexta-feira, 29, a transferência de cerca de 300 mil euros para o equilíbrio de contas das empresas Parkurbis e ICOVI, do universo municipal.
Para o parque de ciência e tecnologia da Covilhã, que apresentou um resultado negativo do exercício do ano anterior no valor de 53 mil euros, a autarquia aprovou, com a abstenção dos três vereadores da oposição, a transferência desse valor.
No caso da ICOVI, foi solicitada a cobertura de 255 mil euros que resultaram de um saldo negativo nas contas de 2021. Os vereadores da coligação CDS/PSD/IL votaram contra e foi o voto de qualidade do presidente a aprovar a proposta.
Pedro Farromba, vereador da oposição, justificou o voto da coligação por não poderem aprovar um documento que “não apresenta contas”, além de frisar que uma empresa como a ICOVI, cuja “génese” é a venda de água, “não devia dar prejuízo”, referindo que o mesmo aconteceu no ano passado.
O eleito do CDS/PSD/IL acusa a empresa municipal de uma “gestão recorrentemente desorganizada e com falta de informação”, que custa diariamente aos covilhanenses mil euros, e que “continua a ser gerida de forma atabalhoada”.
A oposição aproveitou para pedir ao presidente da autarquia que “substitua o conselho de administração, aproveitando as alterações que dizem ir fazer aos conselhos de administração das empresas municipais”.
“Estamos a falar de um resultado negativo de 300 mil euros que são fácil e compreensivelmente explicáveis, entendidas e compreensíveis”, argumentou o presidente, o socialista Vítor Pereira.
O edil recordou a “dívida pesadíssima” anual, de mais de 200 mil euros, para pagar no Parkurbis, além de salientar que os parques de ciência e tecnologia não visam o lucro.
Quanto aos resultados da ICOVI, explicou estarem relacionados com uma redução no consumo de água. “Houve um volume menos acentuado de vendas”, frisou.