A Câmara da Covilhã aprovou, por maioria, com a abstenção do vereador do CDS, a transferência de 75 mil euros para a sociedade Parkurbis com vista ao equilíbrio das contas relativas a 2019. Adolfo Mesquita Nunes é da opinião que “é necessário pôr fim a isto”.
No final da reunião de sexta-feira, 29, realizada à porta fechada, o eleito do CDS sublinhou serem “cíclicas” as transferências anuais para o Parque de Ciência e Tecnologia, sem que sejam justificadas “de forma muito concreta”.
“Ou bem que o Parkurbis se reestrutura, ou a câmara não pode estar permanentemente a enviar dinheiro para a Parkurbis”, acentua Adolfo Mesquita Nunes, que frisa tratar-se de um valor superior à transferida para as freguesias do concelho numa situação de pandemia.
Na opinião do vereador do CDS o Parkurbis deve ser reestruturado, “houve muito tempo” para o fazer, desde que a actual maioria socialista tomou posse e refere que, tendo a sociedade outros parceiros, seja sempre o município, sozinho, a suportar a transferência da verba.
“Tem de se renovar a estrutura orçamental”, preconiza Adolfo Mesquita Nunes, para quem o orçamento tem de se ajustar à realidade do Parque de Ciência e Tecnologia e defende que se comece, “desde logo”, pelos custos com a administração. “A câmara redireciona verbas que poderiam ir para as populações, para a Parkurbis, todos os anos”, censura o centrista.
Vítor Pereira rejeita as críticas de Adolfo Mesquita Nunes, argumentando que o Parque de Ciência e Tecnologia da Covilhã “não tem como objectivo ter lucro”, mas sim apoiar as empresas.
O valor transferido, explica o presidente da Câmara da Covilhã, “varia em função” do apoio dado aos empresários.
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