A Câmara da Covilhã vai dar “um prazo razoável” aos responsáveis do Instituto Nacional de Emergência Médica (INEM) para que retirem os seus meios do Complexo Desportivo da Covilhã, para onde foram deslocados no início da pandemia originada pela covid-19 e onde ainda permanecem.

A garantia foi dada na última Assembleia Municipal da Covilhã pelo presidente da autarquia, Vítor Pereira, depois de ter sido questionado por um grupo de representantes dos 175 participantes nas atividades de ginástica do programa Desporto Para Todos, e que viram a sala utilizada há 14 anos para o efeito ocupada pelo INEM.

O grupo passou a fazer as suas atividades no pavilhão do INATEL, que vai entrar em obras, os utilizadores ficaram sem um local para as suas atividades e apelaram à Câmara Municipal para que a sala seja desocupada pelo INEM.

“O que é que o INEM está a fazer na nossa sala?”, questionou a porta-voz do grupo, Isabel Raposo. “A sala é de desporto, num Complexo Desportivo”, acrescentou a munícipe, que considera que os utilizadores foram “postos a um canto” e pediu “mais dignidade” e que lhes sejam dadas “condições”.

O presidente da Câmara da Covilhã, Vítor Pereira, considerou justa a reivindicação, concordou que “já há um abuso” por parte do INEM e comprometeu-se a solucionar o problema.

“Já passa a mais. Seguramente, esse assunto vai ser posto em pratos limpos”, garantiu o edil, que lamentou não ter ainda conseguido “persuadir” os responsáveis do INEM a deixarem o local.

Isabel Pombo pormenorizou que, das 175 pessoas que frequentam as aulas de ginástica, cem são maiores de 65 anos e destacou os benefícios para a saúde. “O que têm feito é uma falta de respeito”, considerou a munícipe, segundo a qual as aulas decorrem agora ao ar livre.