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Azeite a dobrar este ano

“Isto, não é fácil. E não se arranja ninguém que o queira fazer. Mas havemos de deixar a azeitoninha em cima das árvores? E este ano, que há tanta?”. É assim que, num olival, em Belmonte, um idoso nos revela as dificuldades em colher azeitona este ano. Os mais velhos ainda o fazem, os mais novos não estão muito dispostos a isso, embora este ano haja muita nas oliveiras.

Este ano, a Associação de Produtores de Azeite da Beira Interior (APABI) prevê que a produção de azeite na campanha deste ano aumente face a 2020. Mas há lagares, na região, que acreditam que números podem ser ainda superiores. “Este ano prevê-se, pelo menos, um aumento de produção de 40 por cento e rendimentos melhores em relação ao ano anterior”, revela à Agência Lusa Ana Domingos, responsável técnica da APABI, que tem sede em Castelo Branco. Sobre a qualidade do azeite prevista para a produção da campanha de 2021/2022, a responsável indica que, “até ao meado do mês [de Outubro], a azeitona estava com boa qualidade”. “Contudo, com a alteração das condições climatéricas (tempo instável) e o amadurecimento desta, [a situação] poderá trazer alguns problemas fitossanitários, principalmente em olivais não tratados”.

Segundo Ana Domingos, o sector do azeite e da azeitona de conserva tem “uma extrema importância económica, ambiental e social” para a região da Beira Interior. “Sendo uma tradição, a apanha da azeitona nesta região acaba por atrair pessoas, principalmente às aldeias, para ajudar os familiares ou para a colheita das suas próprias oliveiras, acabando, assim, por envolver outros agentes económicos da região, não só os lagares, como o comércio local e outras indústrias. A azeitona de conserva também tem um papel fundamental na região, uma vez que é valorizada com retorno a curto prazo”, justifica.

(Notícia completa na edição papel)

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