Na página do município, na Internet, ainda aparecem quatro instituições, embora na realidade já só sejam três, uma vez que a Caixa de Crédito Agrícola já fechou em Caria. E em breve, passarão a ser só duas: Caixa de Crédito Agrícola, em Belmonte, e Caixa Geral de Depósitos, também na vila. Porque o balcão do Santander Totta, em Belmonte, tem fim anunciado, encerrando o balcão no próximo dia 14 de novembro (uma sexta-feira).
Os clientes têm estado a ser informados, via carta, ou através de mail (ou mesmo pela aplicação) que a partir do dia 17 de novembro (uma segunda-feira), terão “um novo balcão”, o da Covilhã. “As instalações do atual balcão de Belmonte vão encerrar e vamos fazer uma fusão com o balcão de Covilhã. Este passa a ser o balcão da sua conta e de toda a sua relação comercial connosco” explica o Santander Totta. Segundo a instituição, uma mudança de instalações para “permitir oferecer um serviço melhor, mais especializado e eficiente. Queremos estar ao seu lado com melhor qualidade de atendimento presencial para uma assistência adequada”, explica. O Santander remete, para quem quiser, o serviço de telefone ou videochamada para evitar deslocações, ou que os clientes passem a gerir as suas contas através da aplicação (APP) ou Netbanco. O Santander avisa ainda que, no que diz respeito a levantamentos ou depósitos, os clientes continuarão a ter disponível a caixa automática (ATM), no mesmo local em que se encontra, ou seja, junto ao balcão localizado na rua Pedro Álvares Cabral, em frente à papelaria.
A situação tem causado alguma estranheza junto dos clientes, que não entendem o porquê de um fecho quando, por exemplo, as instalações onde está o balcão são do próprio banco (embora já tenha vendido parte do edifício) e face à elevada afluência diária ao mesmo. O NC já enviou, por escrito, um pedido de esclarecimento ao Santander Totta, mas até ao momento não teve resposta.
Em Belmonte, o “Totta”, como muitos ainda lhe chamam, existe desde 1975. Na altura, era um balcão do Totta &Açores, criado em 1970, resultante da fusão entre o Banco Lisboa & Açores e o Banco Totta-Aliança, e estava instalado num pré-fabricado, em frente da escola primária do jardim (hoje Julgado de Paz), onde permaneceu até finais da década de 80. Era um banco de capital público, mas depois, com a entrada de investimento privado, nomeadamente de António Champalimaud, no capital social do mesmo, e venda de parte da empresa ao grupo espanhol Banco Santander Central Hispano, mudou de instalações, para um edifício construído de raiz na outra ponta da vila. Ou seja, é um banco que existe há 50 anos na vila. O pré-fabricado anterior ainda hoje existe, como sala da Escola de Música do Centro de Cultura Pedro Álvares Cabral.
Na última década, o fecho de balcões de diversas entidades bancárias tem sido recorrente. Em 2015, Belmonte tinha, só na avenida principal, seis balcões: Santander Totta, Caixa de Crédito Agrícola, Caixa Geral de Depósitos, Milenium BCP, Banco Espírito Santo (depois Novo Banco) e BPI. No próximo mês, passa a ter dois.

